Paralelo 29

Assassinato de idoso no Centro de Santa Maria já está esclarecido, mas Polícia Civil ainda não divulga detalhes

Foto: Reprodução, Facebook

José Carlos Lopes de Andrade, de 71 anos, foi morto a facadas na tarde de 22 de fevereiro, na Rua Ângelo Uglione; das 16 mortes deste ano, 13 já estão esclarecidas

JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29

A Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Santa Maria esclareceu o assassinato de José Carlos Lopes de Andrade, o Zezinho, de 71 anos, morto com 20 facadas na tarde de 22 de fevereiro deste ano, na Rua Ângelo Uglione, no Centro.

No entanto, a Polícia Civil ainda não pode divulgar o nome do assassino nem a motivação do crime. Sabe-se, porém, que o crime foi atípico. Ou seja, não está relacionado a desavenças ou questões que envolvem a maioria dos assassinatos na cidade.

“Já temos o fato esclarecido, mas ainda não podemos publicizar todas as circunstâncias para não prejudicar as diligências que ainda têm que ser feitas para a captura (do assassino)”, disse o delegado Marcelo Mendes Arigony ao Paralelo 29 neste sábado (2).

“Meu irmão não era de facção”, diz familiar de vítima de assassinato na zona Norte

Das 16 mortes violentas, 13 estão esclarecidas

Das 16 mortes violentas ocorridas em 2024, 13 já estão esclarecidas, segundo o delegado Marcelo Arigony. Nesses números estão a morte de José Carlos e de Kauã Batista Rodrigues, de 19 anos, que morreu na manhã de 15 de fevereiro, no Bairro Fátima, em confronto policiais do 2º Batalhão de Choque (2º BPChq).

Kauã era apontado como um dos envolvidos na execução dos irmãos Gelson Adriano Tilimina, 39 anos, e Robson Luciano Tiliman, o Zé Galinha, de 37. O duplo homicídio ocorreu em abril do ano passado e ganhou repercussão nacional pelo fato de os assassinos terem invadido a casa vestindo roupas da Polícia.

Horas antes de ser morto, Kauã teria se envolvido em outro assassinato em Santa Maria. A partir de denúncias anônimas sobre o paradeiro de um grupo de criminosos que estaria envolvido em assassinatos, a Brigada Militar deslocou policiais do 2º BPChq para prendê-los em um apartamento na Rua Dr Bozando, no Bairro Fátima.

Delegados da Polícia Civil acabam greve de silêncio e voltam a divulgar ocorrências

Houve reação dos criminosos e Kauá acabou sendo atingido por um tiro, morrendo no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).

“Dos 16 inquéritos deste ano, 13 já têm elementos suficientes para indicar a autoria”, disse Arigony, destacando que, mesmo durante a greve de silêncio, a Polícia Civil trabalhou na elucidação de crimes.

“Nos últimos dias, embora a gente estivesse em silêncio por conta do movimento dos delegados de Polícia em busca de valorização, a gente trabalhou de forma muito intensa. Foram 46 mandados de busca cumpridos nos autos desses 16 homicídios que ocorreram nos últimos meses. Nós já temos sete indivíduos presos e diversas diligências realizadas, inclusive várias representações junto ao Poder Judiciário, junto ao Instituto Geral de Perícias e outras que estão aguardando retorno para que a gente possa concluir os procedimentos”, disse o titular da DPHPP.

De acordo com Arigony, até o final do semestre, a DPHPP deverá esclarecer todos “ou quase todos” os homicídios de 2024.

Compartilhe esta postagem

Facebook
WhatsApp
Telegram
Twitter
LinkedIn