ATHOS RONALDO MIRALHA DA CUNHA – ESCRITOR
Eu guardo na memória as escalações completas do Internacional. Escretes que marcaram uma época de grandes conquistas.
O primeiro título brasileiro, em 1975, com as monumentais defesas de Manga e o Gol Iluminado de Don Elias Figueroa. O bicampeonato, em 1976, e o tri invicto em 1979. Impossível esquecer aquelas academias de futebol!
Sei a escalação do campeão da Libertadores numa nervosa e palpitante decisão contra o São Paulo e do mundial interclubes contra o TP Barcelona. Gabiru é o nome do título e Fernandão o símbolo da conquista. Isso tudo em 2006. Naquele domingo pela manhã a presidente Vargas em Santa Maria ficou pequena pra tanto colorado em festa.
Preciso confessar que não sei a escalação dos titulares do bi da Libertadores – havia um certo D´Alessandro na equipe – e do esquecível mundial de 2010. Deixa quieto. No entanto, o arrasta cu do goleiro Kidiaba do Mazembe é inesquecível.
Sobre a escalação da seleção brasileira, lembro muito bem os craques de 70; 82 e 86. As demais não me perguntem. A seleção brasileira não me causa espécie.
Abandonei o escrete canarinho em 94 depois que Dunga levantou a taça do título. Aliás, Dunga foi um jogador e cidadão digno de receber a patente de capitão – Esta é a parte política da crônica. Vai o chavão da rede: entendedores, entenderão! –.
E o Inter de 2024?
O Internacional de 2024 é uma incógnita. Mas uma incógnita positiva. Envolta em otimismo e olhar distante em um fim de tarde.
Tentei escalar o time titular do Inter e não consegui. Minha visão de futebol ainda tem a numeração do 1 ao 11. E tenho certa dificuldade com a numeração dos dias atuais. Mas esse é o futebol moderno.
E se não consigo elencar um time titular é porque o elenco é bom. Sobra jogador nas posições. Um adorável problemão para o Coudet.
Isso me deixa otimista com o 2024 do Colorado. Arrisco dizer que será um excelente ano e com grandes conquistas. A resposta a torcia está dando nas galerias do Beira-Rio e no número de associações. Chegaremos a 150 mil sócios com certa facilidade.
Será um ano memorável. O time titular do Inter terá bem mais de 11 jogadores, mas quem entrar em campo dará o retorno esperado pelos torcedores do Clube do Povo.
Estou modestamente otimista com o desempenho do Internacional nas competições em 2024, mas ciente de que o futebol não é uma ciência exata. Afinal de contas, o jogo só termina quando acaba.