Delegada da Criança enviou nota aos veículos de comunicação sobre resultado
JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
O laudo do exame de necropsia sobre a morte de um bebê de um ano, no último domingo (24), no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), apontou que a criança não foi vítima de maus-tratos.
Em nota aos veículos de comunicação, a delegada Luiza Souza, da Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) reitera que já havia indicações de que a morte não estaria relacionada a agressões.
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CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA
“No dia 24 de março deste ano, faleceu no Husm um bebê de 1 ano de idade, após a família ter buscado atendimento médico. Tal fato foi amplamente divulgado na mídia.
Ocorre que, em regra, quando uma pessoa falece inesperadamente, sem causa aparentemente determinada, a Polícia Civil é acionada para investigar.
Desde a data do fato, a Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e Adolescente, divulgou insistentemente que NÃO havia quaisquer indícios que a morte da referida criança teria ocorrido em decorrência de maus-tratos, o que foi confirmado pela necropsia. Ou seja, que a morte foi “não traumática de causa indeterminada”.
A família que está dilacerada emocionalmente com a morte da criança, a qual era ainda amamentada pela mãe, sofre ainda mais com os comentários de ódio que tais informações vêm gerando.
Luíza Santos Souza Delegada da DPCA”
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Delegada já havia falado
O bebê de 1 ano – um menino – foi levado pela mãe, uma mulher de 39 anos, até o Husm com diarreia e febre alta por volta das 17h do último domingo.
A mãe contou que dois dias antes a criança apresentou um quadro de febre e desarranjo intestinal. Numa primeira consulta, recebeu orientação médica para tratar o bebê com antitérmico.
Em caso de piora, a mãe deveria levar o bebê novamente ao Husm para uma nova consulta, o que acabou ocorrendo no domingo.
Na ocasião, a delegada relatou ao Paralelo 29 que em 18 de fevereiro deste ano o bebê havia sido levado ao mesmo hospital, onde foi diagnosticado com traumatismo craniano leve, resultante de uma queda.
Em relação a esse fato, a mãe contou que o menino estava sob os cuidados de outra pessoa quando teria caído. O Conselho Tutelar passou a acompanhar o caso.
Na entrevista ao Paralelo 29, embora ainda não tivesse o exame de necropsia em mãos, a delegada adiantou que não havia nada que indicasse “que a morte tenha decorrido de algum fato criminal”.