Paralisação começa ao meio-dia desta quinta-feira com panfletagem no campus de Santa Maria
Os professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entrarão em greve por tempo indeterminado a partir do meio-dia desta quinta-feira (25) para exigir que o governo federal atenda reivindicações da categoria, entre elas reajuste salaria e revogação do ponto eletrônico e da reforma da Previdência aprovada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em assembleia realizada na segunda-feira (22), a Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) aprovou a adesão dos professores de Santa Maria à greve nacional da categoria, deflagrada em 15 de abril.
Docentes querem 22,71% de aumento
Em pauta nacional unificada, os docentes reivindicam reajuste salarial de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. A proposta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não prevê reajuste para este ano e propõe 9% em 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Entre as atividades dos docentes previstas para esta quinta-feira estão panfletagem no arco de entrada da UFSM, no Campus Central, no Bairro Camobi, e um seminário, que será realizado às 19h, no Auditório Flávio Miguel Schneider, no prédio 42 do Centro de Ciências Rurais (CCR) para discutir o modelo de universidade para o país. Confira, abaixo, o que o governo oferece aos professores federais.
Esta é a primeira greve das instituições federais de educação no governo Lula. Servidores técnico-administrativos da UFSM estão paralisados desde março.
PROPOSTA DO GOVERNO
REAJUSTE SALARIAL
- 0% em 2024
- 9% em 2025
- 3,5% em 2026
BENEFÍCIOS
- R$ 1 mil de vale alimentação
- R$ 215 para saúde
- R$ 484,90 para auxílio creche
CARREIRA
- 4% para 4,5% no STEPS (diferença entre os estágios na carreira docente)
REVOGAÇÃO DA IN 66
- Garantia do prazo de 6 meses entre o pedido e a implementação das promoções e progressões. Não garante retroatividade da IN (Instrução Normativa) nº 66, que trata sobre progressão e promção funcional para a carreira docente
RETIRADA DO PONTO ELETRÔNICO
- Sem garantia da revoação da portaria 983/2020, publicada em 18 de novembro de 2020 pelo Ministério da Educação (MEC), durante o governo de Jair Bolsonaro. Essa portaria estabelece um aumento da carga horária mínima a ser cumprida pelos professores e institui obrigatoriamente o controle de frequência por meio do ponto eletrônico
(Com informações da Assessoria de Imprensa da Sedufsm)