Paralelo 29

Entre águas: O quanto contribuímos para as crises climáticas no Estado

Foto: Arquivo Pessoal
OTÁVIO QUINTANA – ESTUDANTE DO COLÉGIO METODISTA UNIÃO DE URUGUAIANA*

Nascemos em um tempo onde se falava em aquecimento global e suas consequências. Diferente de nossos avós e pais que cresceram ouvindo o quanto o Brasil era privilegiado por sua geografia e “liberto” dos desastres ambientais e metereológicos, que quando aconteciam eram raros.

Crescemos sabendo que devemos cuidar do meio ambiente, não poluir, não desmatar. Mas também crescemos em tempos de uma maior expectativa de vida, onde se tem mais pessoas, mais lixo é produzido, onde se tem mais carro e mais poluição.

Moro em um bairro cercado por um rio, o Uruguai. Tenho 12 anos e vejo uma terceira enchente, a primeira aos 4 anos. Hoje tenho entendimento, fico triste e sinto que não faço o suficiente.

O nosso estado, que tanto me alegra, hoje sofre, chora, conta seus mortos. Vejo solidariedade, empatia e humanidade. Mas tudo o que eu gostaria mesmo para o futuro é prevenção, conscientização, politicas públicas, para evitar a tragédia.

Não mais choro, não mais mortes. SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO A TODA TERRA.

(*Otavio Quintana tem 12 anos; o texto foi enviado pelo avô dele, Rogério Rosado, que mora em Santa Maria)

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