Santa-mariense será o representa federal para atuar de forma permanente durante calamidade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá nomear o atual ministro da Secretaria de Comunicaçao da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, como representante do governo federal para atuar de forma permanente no Rio Grande do Sul enquanto durar a calamidade pública no Estado assolado por enchentes desde 29 dde abril.
O anúncio da decisão de Lula foi feito nesta terça-feira (14) pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, durante entrevista ao canal de notícias GloboNews, e também confirmado pela Agência Brasil. O nome de Pimenta ainda não foi divulgado pelo governo, mas já corre nos bastidores.
Há pouco, o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), com quem Pimenta iniciou a trajetória política como vereador em Santa Maria, confirmou a indicação.
A ideia é que a autoridade coordene uma estrutura administrativa das ações federais na região. Os detalhes serão dados durante visita do presidente ao estado, prevista para esta quarta-feira (15), quando serão anunciadas novas medidas de socorro à população gaúcha.
Não há informação se Pimenta vai acumular o cargo de ministro-chefe da Secom com a nova tarefa dada pelo presidente da República.
QUEM É PAULO PIMENTA
- Natural de Santa Maria, o jornalista Paulo Pimenta é deputado federal licenciado pelo PT
- Começou a trajetória política no movimento estudantil, tendo sido presidente do DCE da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), nos anos 80
- Em 1988 foi eleito vereador em Santa Maria pelo PT, formando com o metalúgico Valdeci Oliveira, também eleito naquele ano, a primeira bancada petista eleita na cidade
- Depois, foi eleito deputado estadual, vice-prefeito de Santa Maria (em 2000) e deputado federal
Expectativa por auxílio financeiro temporário
A expectativa é que seja criado um auxílio financeiro temporário para as pessoas afetadas pela catástrofe climática. O valor não foi informado.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou, até esta terça-feira (14), um total de 148 mortes em decorrência das chuvas e enchentes. O estado tem, ainda, 124 pessoas desaparecidas, segundo boletim divulgado às 12h.
O total de desalojados pelas enchentes chega a 538.545 pessoas. E os efeitos dos temporais já são sentidos por dois em cada dez moradores do Rio Grande do Sul.
O mais recente boletim aponta que 2.124.203 de pessoas são afetadas pelas chuvas, do total de 10,88 milhões de habitantes do estado, conforme apurado no Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que corresponde a 19,47% da população.
Em todo o estado, 89,7% do total de 497 municípios sofrem direta ou indiretamente com as consequências dos eventos climáticos. O número chega a 446 cidades atingidas.
Na manhã desta terça-feira, os mais de 700 abrigos criados no estado acomodavam 76.884 pessoas que tiveram que abandonar seus imóveis temporariamente ou em definitivo, devido ao comprometimento das estruturas locais ou falta de acesso.
O número é ligeiramente inferior ao número de pessoas que estavam em alojamentos nesta segunda-feira (13), conforme o boletim das 18h, divulgado pela Defesa Civil estadual. Naquele momento, eram 77.405 pessoas fora de suas casas.
or Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília