Crise resultante das enchentes foi o assunto de reunião de federações
Representantes de quatro entidades empresariais gaúchas criticaram a ajuda, até o momento, do governo federal ao Rio Grande do Sul. Economista. A tragédia climática no Rio Grande do Sul e suas consquências econômicas foram o tema do Tá na Mesa, evento promovido pela Federação de Entidades Empresariais do RS (Federasul), na quarta-feira (12).
Participaram do evento econoistas da própria Federasul, da Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), da Federação das Indústrias do Estado do RS (Fiergs) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre.
O presidente da Federasul, Rodrigo Souza Costa, subiu o tom das críticas ao governo federal ao criticar a ajuda ao Estado.
“São medidas marcadas por morosidade, inércia e pouco efetivas. Precisamos de ações resolutivas”, afirmou o líder da entidade.
Haiti ou Europa
Souza foi taxativo quanto aos efeitos econômicos drásticos que a catástrofe climática vai trazer para os gaúchos caso o governo federal não faça um aporte maior de recursos e de ações.
“A gente está vendo uma onda de demissões seguidas por um êxodo. Podemos virar um Haiti, que a destruição fez seus cidadãos saírem do país, ou uma Europa do pós-guerra, que se reconstruiu. Depende do que fizermos, de como agimos”, afirma Sousa Costa.
Para o presidente da Federasul falta diálogo e uma “mão estendida do governo federal”, e julgou “insensíveis” e “insuficientes” as medidas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 6. “
Todas as entidades alertaram sobre o problema do quinto dia útil. Esse país já deu dinheiro a fundo perdido para tantos países, já perdoou dividas, já auxiliou países com crise humanitária. Por que, para o Rio Grande, é crédito com juros variados? É um presidente sindicalista que se comporta como banqueiro”, criticou Souza Costa.
Conforme portal Brasil Unido pelo Rio Grande do Sul, o governo federal já destinou R$ 85,7 bilhões ao Estado. Em recursos novos, o governo lista uma série de ações como medidas de crédito, segurança alientação, defesa civil e na área de saúde, entre outras.
Somente nesses recursos novos, o governo diz ter liberado R$ 71,2 bilhões. Também lista antecipação de benefícios e prorrogação de tributos, totalizando R$ 14,5 bilhões.
Já a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com a União pelo prazo de três anos resultará em um aporte de R$ 23 bilhões. O governo também lista um montante de R$ 71,2 milhões de “novos recursos destinados ao Rio Grande do Sul”.
Para a área empresarial, o governo federal lista apoio de R$ 15 bilhões a empresas de todos os portes afetadas pelas inundações , linha especial de crédito de R$ 30 bilhões para micro e pequenas empresas, linha especial de crédito de R$ bilhões para pequenas e édicas empresas e linha de crédito de R$ 4 bilhões para agricultura familiar e o médio produto.
Na última vinda ao Estado, Lula aunciou que o governo pagará dois meses de salário mínimo a mais de 430 mil trabalhadores com carteira assinada de empresas diretamente afetadas pelas enchentes para que não haja demissões.
Confira AQUI o material completo divulgado pela Federasul sobre a última edição do Tá na Mesa.
(Com informações da Federasul, da Agência Brasil e do governo federal)