Paralelo 29

  As contribuições da Economia do Turismo

Foto: Fabíola Sinimbú, Agência Brasil
ABDON BARRETTO FILHO – ECONOMISTA, MESTRE EM COMUNICAÇÃO SOCIAL

O fenômeno turístico está presente em todo o mundo. Os avanços tecnológicos que permitem as divulgações de atrativos geográficos, históricos, culturais estão influenciando o consumo do tempo livre, com  outras variáveis,  em viagens.

Além disso, as segmentações das ofertas e os acessos rodoviários, aéreos, ferroviários e aquaviários (fluvial e marítimo) aos núcleos receptores estão gerando empregos, rendas, impostos e autoestima para cada comunidade preparada para o bem receber.

É óbvio que depende do interesse político e empresarial e  de acordo com planejamento, organização e direção e controle para evitar  os choques com as comunidades locais.

Convém salientar que para  entender e fazer a gestão no fenômeno turístico são necessários recursos humanos que estudam disciplinas transversais nas ciências humanas, porque são pessoas que atendem pessoas. 

A Economia do Turismo integrou o currículo básico dos Cursos de Bacharelado em Turismo em todo o Brasil.Tive a honra e o prazer de ser um dos economistas responsáveis pela disciplina ministrando aulas, realizando palestras e projetos. 

Alguns colegas demonstram interesses sobre o tema, principalmente  quando  começaram entender o fenômeno turístico e suas implicações nos países desenvolvidos.

As aplicações das teorias econômicas na macro e na micro economia do sistema turístico são reais e contribuem no desenvolvimento econômico.

É considerado como produto de exportação, porque o visitante é quem se desloca até o destino turístico para ter interações sociais e experiências inesquecíveis.

Inicialmente, as pesquisas e os casos foram estudados reconhecendo os deslocamentos de pessoas que levam seus recursos financeiros para consumir bens e/ou serviços distantes das suas residências habituais.

Foram comprovados que os gastos dos visitantes podem injetar recursos financeiros no núcleo receptor. Alguns estudos identificaram que a cada US$100,00,US$ 30,00 são para hospedagens e  US$ 70, 00 são gastos nos transportes locais, gastronomia, visitas aos atrativos e às compras no comércio de interesse turístico.

Logo, o interesse em atrair visitantes com recursos financeiros, tempo livre e vontade gastar  foi aumentando. Os estudos da Oferta e da Demanda aumentaram.

Em alguns países, surgiram as Políticas Públicas para equilibrarem o mercado crescente, definindo as necessidades na estruturação dos bens e/ou serviços, assim como a preservação ambiental, cultural e social de cada núcleo receptor.

Além disso, foram determinadas as responsabilidades dos setores públicos e privados. Quem deveria investir no Marketing dos Destinos Turístico ?E no City Marketing? Alguns países assumiram os investimentos e são os maiores receptores de fluxos de visitantes.

Em outros, a iniciativa privada assumiu uma série de investimentos  gerando novas ofertas e captações de visitantes (O primeiro Convention Bureau no mundo foi criado em 6 de fevereiro de 1896, em Detroit -EUA).

Também, as parcerias entre setores públicos e privadas conseguem bons resultados. Na realidade, utilizando-se das Contas Satélites que é um instrumento estatístico idealizado para gerar informações sobre o desempenho do turismo na economia com a finalidade de mensurar o que é produzido e consumido pela atividade turística.

Foi criado na Organização Mundial do Turismo, hoje ONU Turismo – UN Tourism e  observa-se que os  países do primeiro mundo lideram a Economia do Turismo.

No Brasil, infelizmente, os eternos Planos sobre o Turismo nos setores públicos são interrompidos  a cada 4 anos com as confirmações de gestores neófitos ocupando os mais importantes cargos, com honrosas exceções. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

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