Simulação dos fatos será encerrada na madrugada desta quarta-feira
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) está acompanhando a reprodução simulada, que iniciou na tarde desta terça-feira (30), da morte de uma mulher de 58 anos durante ritual religioso no cemitério Formigueiro, na Região Central do Estado.
O homicídio ocorreu em 10 de fevereiro deste ano. O trabalho, a pedido da Polícia Civil e realizado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), é acompanhado pelo promotor Átila Castoldi Kochenborger.
Como o crime ocorreu em ritual realizado em vários locais, terminando no cemitério, o trabalho se estenderá até a madrugada desta quart-feira (31).
Versões do crime
De acordo com o promotor, estão são feitas reproduções conforme cada uma das versões apresentadas pelas partes.
Também participam a Brigada Militar e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), além das defesas dos quatro réus. São pelo menos 50 pessoas envolvidas.
“É importante a participação do MPRS porque, em posterior plenário do júri, essa reprodução simulada dos fatos vai ser um dos pontos a serem usados para formar a convicção dos jurados em uma eventual submissão dos denunciados a julgamento, que ainda não ocorreu, mas é o que a instituição espera. Além disso, essa reprodução tem o objetivo de confrontar as alegações das testemunhas presentes e dos réus, entre eles, bem como, questões espaciais: local onde cada um estava e como aconteceu o crime”, diz o promotor Átila Kochenborger.
DENÚNCIA
O MPRS denunciou, no dia 6 de março, quatro pessoas pelo homicídio qualificado da mulher, que foi morta durante um ritual. Os quatro investigados estão presos.
As qualificadoras são motivo torpe, emprego de asfixia, mediante tortura, praticado à traição e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Ela, durante o ritual, chegou a ser crucificada. Foi solicitada, inclusive, uma indenização de R$ 300 mil para a família da vítima.
(Com informações do MPRS)