Caso ocorreu na madrugada de 15 de setembro e resultou na morte de Enio Daniel Druzian
A Polícia Civil de Santa Maria indiciou o segurança da casa noturna Reunião Chopp e Churras, localizada no Bairro Camobi, pela morte de Enio Daniel Druzian, de 56 anos, na madrugada de 15 de setembro. O caso teve grande repercussão.
O delegado Adriano De Rossi, que responde pela Delegacia de Polícia de Homicídios de Santa Maria, entendeu que o caso se trata de lesão corporal seguida de morte. Assim, se depener do entendimento da Polícia Civil, o segurança não irá a júri popular, devendo ser julgado por um juiz.
Ou seja, mesmo tendo ocorrido uma morte como resultado de uma ação (lesão), esse tipo de enquadramento não é julgado em júri popular.
A pena para a lesão corporal seguida de morte varia de 4 a 12 anos de reclusão. Já a de homicídio simples varia de 6 a 30 anos de prisão (de 6 a 20 anos para homicídio simples e de 12 a 30 anos para homicídio qualificado).
O delegado não pediu a prisão preventiva do segurança por entender que a medida não é necessária. Desta forma, o indiciado continuará respondendo em liberdade.
MP poderá ter outra interpretação
Agora, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público (MP) para oferecimento ou não de denúncia contra o investigado. O MP poderá adotar outro entendimento e oferecer denúncia por homicídio. Se isso ocorrer, o acusado poderá ir a júri popular.
Advogado da família da vítima se manifesta
Em nota divulgada em suas redes sociais, o escritório Cipriani, Seligman de Menezes e Puerari, que representa a família da vítima no caso, se manifestou sobre o resultado do inquérito. Confira a nota, na íntegra:
NOTA OFICIAL: O escritório Cipriani, Seligman de Menezes e Puerari Advogados recebe com esperança a notícia do indiciamento por crime doloso do segurança do Bar Reunião Chopp Churras onde o Sr. Ênio Druzian tragicamente morreu na madrugada do último dia 15 de setembro.
Em meio ao luto e a uma dor profunda, a família continua acreditando no trabalho da polícia que, desde o primeiro dia, demonstrou comprometimento e seriedade em elucidar os fatos.
Não vamos nos manifestar a respeito de enquadramento penal e de prisões, porque isso compete à Polícia e ao Ministério Público.
O nosso papel, enquanto escritório de advocacia contratado pela família para acompanhar o caso, é no mantermos atentos às investigações (e, a partir de agora, ao processo) para que este evento criminoso não seja banalizado e vulgarizado como ‘acidente’.
Estamos e estaremos a postos e diligentes para as próximas etapas”.
Morte por traumatismo craniano
Na madrugada do crime, Druzian estava dançando em cima do palco, quando um dos seguranças da casa noturna puxou a vítima. Druzian acabou caindo e batendo a cabeça no chão.
O laudo de necropsia apontou que ele morreu em consequência de traumatismo craniano decorrente da queda.
(Com informações da Rádio Imebuí-FM)