Operação Dinastia tem como ponto de partida uma investigação da Draco contra grupo liderado por Júlio Augusto dos Santos
A Polícia Civil de Santa Maria deflagrou uma megaoperação na manhã desta sexta-feira (18) com o emprego de mais de 340 policiais para cumprir ordens judiciais em 19 cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O alvo é um grupo criminoso liderado por Júlio Augusto dos Santos.
Segundo a Polícia Civil, a investigação começou no ano passado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Maria, sob a coordenação do delegado André Sesti Diefenbach. Em balanço parcial, divulgado pela manhã, os policiais á haviam prendido 29 pessoas e apreendido 18 veículos e 18 armas.
Empresa do crime
A investigação apurou a existência de “uma sofisticada organização criminosa liderada por Júlio Augusto dos Santos, cuja estrutura hierárquica está voltada à prática de múltiplas infrações penais, dentre elas o tráfico de drogas e de armas, crimes cibernéticos, estelionatos virtuais e, especialmente, lavagem de capitais”.
A operação foi materializada por análises telemáticas, interceptações, quebras de sigilos e diligências policias, tornando possível identificar 40 criminosos estruturados de forma empresarial e organizada, distribuídos com distintas atividades no seio da organização.
Nesta sexta, a Operação Dinastia tem como objetivo prender o maior número possível de integrantes do grupo investigado, o que explica o número de agentes empregados. Eles foram distribuídos em equipes para executar ordens judiciais em 19 cidades, 18 delas no RS.
Operação dividida em três núcleos
A operação foi dividida em três núcleos, sendo um em Santa Maria, um na Região Metropolitana, um no litoral, além de alguns mandados esparsos que estão sendo cumpridos pelo estado e em Santa Catarina.
Em Santa Maria, as ações são coordenadas pelo Delegado de Polícia Regional Sandro Luís Meinerz. Na Metropolitana as ações estão sendo coordenadas pelo delegado André Sesti Diefenbach e no Litoral pelo delegado Giovanni Marramarco Lovato.
Operadora financeira na mira
Em Santa Catarina, as investigaçõe sidetificar uma mulher que seria a operadora financeira da empresa do crime. Contra ela há mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.
De acordo com a Polícia Civil, 55 manados de busca e apreensão, 40 mandados de prisões preventivas, 48 bloqueios de contas bancárias e mais de 30 ordens de sequestros de veículos e de indisponibilidade de quatro imóveis devem ser cumpridos até o fim da operação.
As investigações estimam que o grupo criminoso, organizado de forma empresarial, tenha movimento cerca de R$ 30 milhões em um período de um ano e meio.
(Com informações da Polícia Civil)