Paralelo 29

Autor de requerimento de CPI e de denúncias contra a Corsan, vereador Tubias Calil boicota “reunião fechada”

Foto: Reprodução, Instagram

Câmara de Santa Maria deve votar nesta terça-feira criação de CPI

JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29

O vereador Tubias Calil (PL), autor de um requerimento para investigação da Corsan Aegea na Câmara de Vereadores de Santa Maria, boicotou uma reunião realizada com parlamentares na tarde desta segunda-feira (24), na sede da empresa.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Tubias voltou a elevar o tom contra a Corsan e acusou a empresa de “constranger” vereadores ao convidá-los para uma reunião na sede da companhia.

“Corsan marca reunião com vereadores a portas fechadas. Por respeito à população, eu não vou”, postou o vereador, afirmando que representantes da Corsan é que deveriam ir ao Legislativo e realizar reunião de portas abertas.

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Críticas, CPI e municipalização da água

Desde o início da atual legislatura, Tubias tem feito críticas contundentes contra a Corsan Aegea, primeiramente pelas constantes interrupções no abastecimento de água no município.

Mais recentemente, o vereador tem apresentado contas com valores altíssimos cobras pela companhia. Ainda em janeiro, ele apresentou requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Corsan.

Tubias também é autor de um projeto de lei que autoriza a criação de uma empresa pública para cuidar dos serviços de água e esgoto em Santa Maria.

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O que os vereadores discutiram na reunião da Corsan

A convite da Corsan Aegea, grupo de parlamentares foi à empresa para reunião/Foto: Marcelo Martins, AICVSM

Conforme noticiado pela Câmara de Vereadores, o encontro desta segunda-feira foi “uma visita institucional do Parlamento santa-mariense à sede da Corsan, no Bairro Patronato”.

Segundo a Câmara, o encontro durou pouco mais de duas horas. Os vereadores assistiram a uma apresentação das ações da companhia, que foi arrematada pela Aegea, em 2023.

Na sequência, ainda segundo o material divulgado, os vereadores questionaram a empresa sobre os problemas de desabastecimeto de água causados pelos rompimentos de adutoras.

O superintendente institucional da Corsan em Santa Maria, André Finamor, disse aos vereadores que está em curso “uma série de melhorias operacionais”. Como exemplo, citou uma interligação de rede para aumentar a vazão de água nos bairros Camobi e São José, na zona Leste.

A empresa também sinalizou com a entrega, ainda no primeiro semestre de um novo reservatório com capacidade de armazenar mais de 100 mil litros de água para beneficiar cerca de cinco mil moradores dos bairros Boi Morto e Renascença.

O grupo que administra a Corsan disse ainda que desde que assumiur as operações, já foram investidos mais de R$ 50 milhões em Santa Maria. Em 2025, esse montante deve chegar a R$ 80 milhões, segundo os representantes da Aegea.

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VEREADORES QUE PARTICIPARAM

  • Admar Pozzobom (PSDB), presidente da Câmara de Vereadores
  • Adelar Vargas – Bolinha (MDB)
  • Luiz Carlos Fort (PP)
  • Givago Ribeiro (PSDB)
  • Sergio Cechin (PP)

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REPRESENTANTES DE VEREADORES NA REUNIÃO

  • Assessoria de Alexandre Vargas (Republicanos)
  • Assessoria de Marcelo Bisogno (União Brasil)
  • Assessoria de Marina Callegaro (PT)
  • Assessoria de Valdir Oliveira (PT)
  • Assessoria de Werner Rempel (PC do B)

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Câmara deve decidir nesta terça sobre CPI

O requerimento para formação da CPI da Corsan está na pauta da sessão desta terça-feira (25) para deliberação do plenário.

No pedido, Tubias Calil justifica a instalação da CPI “para investigar problemas no abastecimento de água e esgotamento sanitário, suposto subterfúgios e maobras feitas por insuficiências técnicas na solução dos problemas, fiscalizações, cobranças abusivas e autuações irregulares por parte da empresa Corsan no Município de Santa Maria”.

Na legislatura passada, a Corsan já foi alvo de uma CPI na Câmara de Santa Maria. Na época, o foco da Câmara era investigar o contrato de concessão entre a Prefetura e a companhia. A vereadora Helen Cabral (PT), relatora, apresentou uma relatório com apontamentos e o encaminhou ao Ministério Público Estadual.

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