Atraso nas obras em Santa Maria estão no centro da reunião pública
A Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa debate, na manhã desta terça-feira (15), o atraso nas obras de duplicação na RSC-287 e na reconstrução e reparos aos danos causadas pelas enchetes do ano passado, como a ponte do Arroio Grande, em Santa Maria.
O objetivo é cobrar da empresa Sacyr, representada pela Rota de Santa Maria, um cronograma atualizado das obras. A audiência ocorre no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Prefeitos da Região Central estão presentes.
Proposta pelo deputado Valdeci Oliveira, e aprovada na Comissão de Assuntos Municipais (CAM) do Legislativo gaúcho, o encontro busca a realização, por parte da empresa responsável, da prestação de contas e apresentação de cronograma atualizado das obras, incluindo aquelas voltadas à reconstrução e reparos aos danos causados pelas enchentes do ano passado.
“Um assunto de grande importância e que envolve inúmeras comunidades localizadas ao longo do trajeto de 204 quilômetros e que conta com cinco praças de pedágios cobrando diariamente de quem por lá trafega sem que haja uma entrega efetiva dos serviços prometidos, previstos em contrato. Queremos com essa audiência trazer transparência ao processo que está em curso há quatro anos e tem ainda mais 25 deles para frente. Os usuários que pagam pedágio têm, no mínimo, o direito a trafegar com segurança e fluidez pela rodovia”, sustenta Valdeci.
“Estamos tratando de uma concessão feita a um grande grupo multinacional por 30 anos, que meses atrás solicitou ao governo, e conseguiu, um reajuste de mais de 16% e agora quer ressarcimento de milhões por conta de supostas perdas na arrecadação e de reparos emergenciais”, pontua Valdeci.
Dos 204 quilômetros sob sua responsabilidade, apenas 6 quilômetros teriam sido destruídos pelas chuvas, pouco mais de 2,5% da sua extensão.
Como exemplo de descaso por parte da concessionária, Valdeci cita o trecho onde caiu a ponte sobre o Arroio Grande no Distrito da Palma, que segue provisória (garantida por duas estruturas montadas pelo Exército brasileiro) e sem início das obras, e a lentidão no fluxo de veículos tanto nas praças de pedágios quanto nos pontos de “pare e siga”, o que faz com motoristas fiquem parados por até 1h30min, em filas quilométricas mesmo nos finais de semana.
(Com informações da Assessoria do Deputado Estadual Valdeci Oliveira)