Diante de uma multidão, no Rio de Janeiro, o pontífice lembrou do incêndio em Santa Maria e pediu orações
PARALELO 29
Em sua primeira visita ao Brasil, em 26 de julho de 2013, o Papa Francisco lembrou, diante de fieis, a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, ocorrida em 27 de janeiro do mesmo ano. Francisco pediu oração para os 242 mortos no incêndio.
“Com a cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem gritar. Sobretudo, os inocentes e os indefesos. Com a cruz, Jesus se une às famílias que se encontram em dificuldades e que choram a trágica perda de seus filhos, como no caso dos 242 jovens vítimas de incêndio na cidade de Santa Maria, no começo deste ano. Rezemos por eles”, pediu o Papa aos peregrinos, sob aplausos da multidão.
A oração ocorreu no final da cerimônia da Via Saca (via-crucis), na 14ª estação, em Copacabana, na noite de 26 de julho de 2013. O Papa veio ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 28 a 28 de julho de 2013, no Rio de Janeiro.
Francisco fez mais de uma manifestação sobre a tragédia em Santa Maria. Na missa de seis meses, em 27 de julho de 2013, na Catedral Metropolitana de Santa Maria, o padre Celito Moro leu um texto enviado pelo então bispo metropolitano, dom Hélio Adelar Rubert, direto do Rio.
O então presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, lembrou da solidariedade do Papa Francisco, que pediu que os familiares mantivessem a sua luta.
“Ele falou para que a gente aceitasse a nossa cruz e que está rezando por nós”, disse Adherbal, pai de Jennefer, uma das 242 vítimas fatais da tragédia.
No texto lido no culto em Santa Maria, o Papa afirmou estar comovido com a situação. Nessa ocasião, Francisco se encontrou com dom Hélio, que era o arcebispo de Santa Maria, no Rio.