Marcos Ramos Vianna atuou em cidades da região
O delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul Marcos Ramos Vianna foi preso na manhã de quarta-feira (7), em Santa Maria, em decorrêcia de condenação, em segunda instâcia, por estupro, importunação sexual e assédio sexual contra duas estagiárias. Ele pegou 20 anos e 3 meses de prisão, conforme o site do Tribunal de Justiça do RS (TJRS).
Vianna, que atuou em Santa Maria, e inclusive participou da força-tarefa que investigou a tragédia da boate Kiss, em 2013, na cidade, trabalhou em outras cidades da região, como em São Francisco de Assis. Os crimes dos quais é acusado, no entanto, ocorreram em São Borja.
Conforme a acusação, os fatos teriam ocorrido entre 2018 e 2021 dentro da Delegacia de Polícia Civil em São Borja. A denúncia foi recebida em 19 de novembro de 2021. A condenação, confirmada em segundo grau, também determina a perda do cargo
“A sentença condenatória foi confirmada pelo 2º grau. Com o trânsito em julgado, não cabe mais recurso. A decisão que determinou a decretação de prisão e formação do Processo de Execução Criminal (PEC) foi proferida na terça-feira (6/5) pelo Juiz de Direito Marcos Rogério Alves Ribeiro, da Vara Adjunta de Execuções Criminais da Comarca de São Borja”, diz o site do TJRS.
O advogado de Vianna, Daniel Tonetto, recebeu a notícia com indignação. Conforme Tonetto, a defesa vai solicitar uma revisão criminal e acrescentar provas confirmando a inocência dele.
Por outro lado lado, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, disse que vai se pronunciar sobre o caso nesta quinta-feira, por meio do chefe de polícia Fernando Sodré.
O delegado Marcos Vianna atuou na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria. Em 28 de janeiro de 2013 foi ele quem falou sobre as prisões de três pessoas apontadas como responsáveis pelo incêdio da boate Kiss, entre elas o então sócio da casa noturna, Elissandro Spohr, o Kiko. A prisão foi decretada por uma colega dele, mas foi Vianna que comentou o caso, explicando que as prisões haviam sido decretadas em razão de boatos de que os três presos poderiam deixar a cidade sem prestar depoimentos à polícia