Paralelo 29

Câmara de Vereadores faz serão para aprovar subsídios de R$ 4 milhões ao transporte coletivo de Santa Maria

Foto: AICVSM, Divulgação

Marcada por muita polêmica, sessão extraordinária se encerrou às 5h39min desta quarta-feira

A Câmara de Vereadores de Santa Maria aprovou, por 12 votos contra 8, o projeto de lei do Executivo municipal que autoriza um novo subsídio de R$ 4 milhões ao transporte coletivo. A aprovação ocorreu em sessão extraordinária, que se encerrou às 5h39 desta quarta-feira (14).

Foi a reunião mais longa da Câmara de Santa Maria nos últimos anos, pois começou no dia anterior, na terça-feira (13), às 15h, e se estendeu pela madrugada de quarta. Tudo porque houve muita discussão em torno da rapidez com que a matéria foi colocada em pauta.

O projeto de lei foi protocolado pela Prefeitura no início da tarde de terça. Para ser votado no mesmo dia, o líder do governo, Givago Ribeiro (PSDB), pediu que o projeto de lei tramitasse em regime de urgência. Assim, teve que passar, em tempo recorde, pela Procuradora Jurídica e por todas as comissões da Casa para ir a plenário.

Os vereadores de oposição reclamaram que o projeto foi enviado à Câmara “a toque de caixa”, enquanto a base governista alegou que o assunto exigia celeridade, tendo em vista as ameaças de greve geral pela categoria dos rodoviários. Quanto ao mérito do projeto, ninguém foi contra.

COMO FOI A VOTAÇÃO

FAVORÁVEIS AO PROJETO

  • Adelar Vargas – Bolinha (MDB)
  • Admar Pozzobom (PSDB)
  • Alexandre Vargas (Republicanos)
  • Givago Ribeiro (PSDB)
  • Manequinho Badke (Republicanos)
  • Coronel Vargas (PL)
  • Lorenzo Pichinin (PSDB)
  • Luiz Carlos Fort (Progressistas)
  • Marcelo Bisogno (União Brasil)
  • Rudys Rodrigues (MDB)
  • Sérgio Cechin (Progressistas)
  • Tony Oliveira (Podemos)

CONTRÁRIOS AO PROJETO

  • Alice Carvalho (PSol)
  • Helen Cabral (PT)
  • Professor Luiz Fernando (PDT)
  • Luiz Roberto Meneghetti (Novo)
  • Sidi Cardoso (PT)
  • Tubias Callil (PL)
  • Valdir Oliveira (PT)
  • Werner Rempel (PCdoB)

CONTRÁRIA, MAS SEM VOTAR

  • Marina Callegaro (PT) se posicionou contra, mas teve que sair antes da votação

Pressão sobre a Prefeitura

A pressão sobre a Prefeitura e a Câmara começou na segunda-feira da semana passada, dia 5, quando motoristas e cobradores paralisaram os ônibus da Expresso Medianeira, que faz as linhas para a região Oeste de Santa Maria, deixando 15 mil santa-marienses sem ônibus. Foi um sinal.

Os trabalhadores rodoviários reclamam de perdas salariais da época da pandemia de covid-19 e pedem a reposição da inflação anual. Já as empresas afirmam que, sem um aporte financeiro do poder público, não têm como repassar o que é reivindicado pela categoria.

A Câmara formou uma Comissão de Representação Externa para conversar com o Executivo e articular um novo subsídio. Os empresários do transporte coletivo reclamam um montante de R$ 7 milhões que não teriam sido repassados de janeiro a abril deste ano.

A Prefeitura, por sua vez, alegou que precisava encerrar o quadrimestre financeiro para saber se teria dinheiro para bancar o subsídio.

Na negociação com a Câmara, ficou acertado o subsídio. Na terça, o Executivo encaminhou a proposta com R$ 4 milhões, R$ 3 milhões a menos que o reclamado pelos empresários.

O prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) não descartou ampliar o subsídio, mas disse que isso dependerá da disponibilidade financeira do Município.

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