DPCA recebeu dois vídeos e já ouviu 11 pessoas, entre adultos e adolescentes
JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
A Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) de Santa Maria está investigando um caso de estupro de vulnerável de um adolescente de 15 anos ocorrido em uma festinha particular.
O fato, registrado em vídeo, ocorreu na noite de 15 para 16 de maio, em local particular, sem a presença dos pais dos adolescentes, todos meninos e meninas da mesma idade.
Na festa, eles teriam consumido bebida alcoólica. A vítima passou mal e foi para um quarto. Nesse momento, alguns dos participantes pegaram uma barra dde ferro de aparelhos de academia, de cerca de 40 centímetros, e simularam uma penetração anal na vítima.
A cena foi foi filmada, e o vídeo compartilhado entre grupos de adolescentes.
O delegado Giovanni Lovato, de São Pedro do Sul, foi designado para investigar o caso. Ele confirmou a investigação ao Paralelo 29. A DPCA recebeu dois vídeos da cena de estupro. Em princípio, os vídeos teriam circulado entre os próprios participantes.
“Eram adolescentes de vários colégios, um grupo de amigos. Não temos prova ainda de que as imagens tenham sido espalhadas para terceiros. Foi feito um filme, mas, até agora, só temos prova de que circulou entre os envolvidos”, disse o delegado ao Paralelo 29.
O caso, segundo Lovato, é investigado como “atos infracionais de estupro de vulnerável, divulgação de cena íntima sem consentimento e fornecimento de bebida alcoólica a adolescente”.
Meninos e menins são investigados
Nos dois vídeos que chegaram até a DPCA aparecem na cena do estupro três meninos e quatro ou cinco meninas. O material está em análise como prova. Até o momento, 11 pessoas, incluindo adolescentes e alguns adultos, já foram ouvidas pelo delegado.
Nos depoimentos, os adolescentes disseram que essa prática já teria ocorrido em outras festas da turma. A vítima passou por exame que comprovou uma pequena lesão. A DPCA ainda não ouviu o menino, situação que está sendo avaliada com os pais da vítima.
Em princípio, os pais não estariam sabendo da festa nem do consumo de bebidas alcoólicas.
Lovato pretende concluir o inquérito em duas semans e encaminhar o caso à Vara da Infância e Juventude. Se a Justiça concluir pela responsabilização, os adolescentes poderão ser advertidos e até mesmo internados para cumprimento de medidas socioeducativas,