Paralelo 29

Reforma administrativa de Pozzobom deve ficar para fevereiro

Colçuna Giro do Paralelo
Arte: Diego Borges

Confira os destaques da coluna Giro do Paralelo desta quarta-feira, 16 de dezembro. O acordo que envolve PSDB e PT para a Mesa Diretora do Legislativo de Santa Maria e a reforma administrativa no segundo governo Pozzobom para o mês de fevereiro.

Também são destaques o secretário de Schirmer que virou vereador em Santiago e a votação da nova contribuição para os servidores municipais de Santa Maria.

Só um acordo para a Mesa e nada além

Embora os vereadores evitem falar sobre o acordo administrativo para comandar a Mesa Diretora de Santa Maria, as negociações do bloco, do qual fazem parte PT, PSDB, Democratas, PCdoB e Republicanos, estão a pleno vapor nos bastidores.

Nos bastidores, bloco ganha forma para dirigir Câmara de Santa Maria

O grupo tem 10 votos e só precisaria de mais um para garantir maioria e, como consequência, o comando da Casa, além da indicação de 16 cargos da Mesa. O bloco estaria garimpando os votos no PSB, que tem dois vereadores.

Nova Legislatura de santa Maria toma posse no dia 1º de janeiro, quando será escolhida a nova direção da Mesa / Foto: Camila Lopes, Câmara de Vereadores

Pelo que se desenha nos bastidores, a ideia é isolar o Progressistas, que tem quatro vereadores, e o MDB, que tem três.

Para quem achava que Adelar Vargas (MDB), Bolinha, que é o atual presidente do Legislativo, poderia dar o voto decisivo, isso está fora de cogitação.

Ele afirmou que vota junto com seu partido, no caso numa chapa contrária a esse bloco.

PARALELAS: Câmara de Santa Maria será mais jovem e urbana

Bolinha tem uma boa relação com alguns parlamentares desse grupo, especialmente com Alexandre Vargas (Republicanos), talvez por isso foi cogitada sua união ao bloco que se forma. Hoje, ele inclusive integra a bancada de oposição.

Esse é um acordo que tem validade para os limites da Câmara. Não é de apoio ao governo Jorge Pozzobom (PSDB). Nada disso, já que parte do grupo será oposição ao Executivo e situação, em relação ao Legislativo.  

O nome mais cotado para encabeçar a chapa é o do vereador reeleito Valdir Oliveira (PT). Não vejo possibilidade de um dos novatos, que irão estrear na Casa, liderar o grupo.

Não é o fim do mundo

Alguns petistas torceram o nariz para o fato de o PT se unir ao PSDB e Democratas no bloco do acordo.

O fato é que, recentemente, a militância do PT ajudou a reeleger o prefeito Jorge Pozzobom no segundo turno, basta ver a votação expressiva obtida pelo tucano em redutos do partido.

E se o PT quer participar do comando da Casa não tem muito escolha: ou se une ao PSDB ou ao Progressistas. Do contrário, não tem como conseguir maioria.

Além do mais, a sigla escolheu como vice do candidato a prefeito Luciano Guerra (PT) um nome muito mais identificado com a direita do que com a esquerda.

O vereador Marion Mortari é do PSD e já foi do Progressistas. Tanto que nem bem acabou o primeiro turno, Mortari e ele já subiu no palanque de Sergio Cechin, candidato do Progressistas.

Pozzobom se deu bem em redutos petista

Então, o PT se unir ao PSDB para dirigir a Casa em um acordo para os limites do Legislativo não me parece o fim do mundo. Não há motivo para tanto barulho.

Contribuição de 14% ao IPassp na pauta

A Câmara de Vereadores de Santa Maria analisa nesta quinta-feira (17) o projeto que eleva o percentual de contribuição de 11% para 14% dos servidores municipais ao Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Municipais de Santa Maria (Ipassp).

O novo percentual atinge todos os servidores do Executivo e de autarquias e também do Legislativo, além dos inativos. O aumento da contribuição é uma tentativa de reduzir o déficit do fundo.

A dívida acumulada da prefeitura com o IPassp é de mais de R$ 2 bilhões. Só em 2019, o Executivo repassou R$ 57 milhões aos cofres do instituto.

Na tentativa de reduzir o passivo, as contribuições da prefeitura e Câmara de Vereadores já foram elevadas em 2019 de 18% para 22%

Se aprovado o projeto elevando para 14% a contribuição dos servidores, o desconto no contracheque deverá ocorrer depois de 90 dias da publicação da lei.

Reforma administrativa do governo Pozzobom

Com o agravamento da pandemia em Santa Maria, os ajustes no segundo governo Jorge Pozzobom (PSDB) ficaram em segundo plano. Até são discutidos internamente, mas em ritmo mais lento.

Mudanças mais significativos no Centro Administrativo devem ocorrem só a partir de fevereiro/ Foto: João Alves, prefeitura de Santa Maria

O prefeito e sua equipe preparam uma reforma administrativa para enviar à Câmara depois do recesso do Legislativo, na segunda metade de fevereiro.

Na reforma, entre outras alterações, deve constar o desmembramento das secretarias de Estruturação e Regulação Urbana e de Cultura, Esporte e Lazer.

Pozzobom é reeleito prefeito de Santa Maria

Essas duas pastas ficaram com muitas atribuições e, agora, serão desmembradas. Outras duas novas secretarias devem ser criadas para absorver parte dessas demandas.

Mudanças para fevereiro

É provável que as mudanças mais profundas ocorram somente em fevereiro. Mas, ao mesmo tempo, além de criar novas secretarias, Pozzobom deve fazer ajustes pontuais. Talvez o que poderá ocorrer é algum secretário mudar de pasta.

Um nome que deve voltar para prefeitura é o vereador Chaves (PSDB) para assumir novamente a Secretaria de Desenvolvimento Social. Ele ficou de terceiro suplente na eleição à Câmara.

As propostas de Pozzobom para mais quatro anos

Já o secretário do Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, que chegou a deixar o cargo, uma vez que era cogitado para concorrer a vice, voltou para a pasta ainda durante a campanha eleitoral.

O prefeito Pozzobom terá, ainda, de achar lugar para alguns suplentes de vereador, como é ocaso de João Kaus (PSDB), talvez num segundo escalão.

Também terá de preencher alguns cargos com representantes do partido do vice, o empresário Rodrigo Decimo, o PSL.

Já o vice deve, além de assumir o lugar do prefeito em viagens para fora do Estado e em férias, deve ficar com a interlocução do governo com a classe empresarial .

De secretário para vereador

Engenheiro civil, Haroldo Pouey foi secretário em Santa Maria e Santiago. Agora, foi eleito vereador na Terra dos Poetas / Foto: Prefeitura de Santiago, divulgação

Secretário de Obras e Viação da prefeitura de Santiago por mais de cinco anos, o engenheiro civil Haroldo Pouey deixou a pasta no início de abril para concorrer a vereador.  

Ele atuou em dois governos do Progressistas na cidade: do ex-prefeito Júlio Ruivo e do prefeito reeleito Tiago Gorski Lacerda.

Pelo resultado nas urnas, seu trabalho foi aprovado na secretaria de Obras. Foi o segundo vereador mais votado entre os 13 parlamentares do Legislativo concorrendo pelo Progressistas. Fez 1.164 votos.

Em Santa Maria, Pouey foi presidente municipal do MDB e secretário de Obras e, depois, Chefe de Gabinete no primeiro governo de Cezar Schirmer (MDB).

Cargo de confiança do prefeito santa-mariense, ele pediu exoneração depois de passar em concurso público para a prefeitura de Santiago.

Haroldo Pouey é engenheiro e domina números, mas não há dúvida que se deu muito bem na Terra dos Poetas.   

Diplomação dos eleitos

Sem convidados e sem discurso, ocorre na tarde desta quinta-feira (17) a diplomação dos eleitos nas eleições de novembro. A cerimônia ocorrerá no Salão do Júri do Fórum de Santa Maria.

Pleito na região tem padre eleito e retorno de um antigo político

Serão diplomados prefeitos, vices e vereadores eleitos de Santa Maria, Itaara, São Martinho da Serra e Silveira Martins, todos os municípios pertencentes às zonas eleitorais 135 e 41.

Eleitos em Santa Maria e cidades vizinhas serão diplomados no dia 17

Para evitar aglomeração devido à pandemia, as solenidades de cada município serão em horários diferentes.

A diplomação do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), do vice, Rodrigo Decimo (PSL), e de vereadores de Santa Maria, por exemplo, ocorrerá às 16h30min.

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