Confira os destaques da coluna Giro do Paralelo desta sexta-feira, 29 de janeiro a vitória da ciência sobre a negação, o atraso da vacinação, os palavrões do presidente Bolsonaro, a disputa pelas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado e, por fim, as nomeações na Câmara de Vereadores de Santa Maria.
O triunfo da ciência
Apesar da negação da ciência por muitos, especialmente no Brasil, a ciência triunfou diante de uma pandemia assustadora e desenfreada.
O que parecia impossível aconteceu: pesquisadores dos quatro cantos do mundo não mediram esforços e, em menos de um ano, colocaram à disposição da humanidade mais de uma vacina com comprovada eficácia contra o vírus da Covid-19.
Salve, os pesquisadores! Salve, a ciência!
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Escassez de vacinas
Por conta da negação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e da inoperância do governo federal, o Brasil começou a vacinação bem atrasado, apesar do agravamento da pandemia.
O pontapé inicial foi dado por São Paulo no dia 17 de janeiro. Entretanto, não há imunizante para atender nem os primeiros grupos prioritários. O país precisará produzir em grande escala para atender a demanda.
E se atrasou de novo devido a um impasse diplomático com a China, detentora do insumo para a produção do imunizante em terras brasileiras.
Graças às declarações do próprio presidente, de seus filhos e de membros do governo, a China deu uma travada no envio do insumo. Mas para o bem da nação e da população, o impasse parece resolvido.
Mas de um governo negacionista não dá para esperar muito. Por isso, os governadores têm de se mexer para garantir vacina a seus habitantes.
O governador Eduardo Leite (PSDB) já estuda um plano B e negocia a compra de doses da vacina russa.
Quem não ajuda, não estorva. O velho ditado popular se encaixa perfeitamente ao presidente Bolsonaro e alguns de seus ministros quando o assunto são medidas contra a pandemia e a compra de vacina.
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Nada é mais importante do que salvar vidas
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) só pensa na reeleição, e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), em chegar ao posto máximo do Palácio do Planalto.
Por conta das eleições de 2022, os dois trocam acusações e protagonizam uma disputa pelas vacinas.
Doria até saiu na frente de Bolsonaro pelo mérito de o governo de São Paulo fechar um convênio com o laboratório chinês e garantir as primeiras doses e o início da vacinação pelo seu Estado.
Mas essa disputa fraticida entre os dois em nada ajuda o país a adquirir mais vacinas. A única vitória que interessa, aqui, é salvar vidas.
Por isso, a corrida não é pela presidência da República, mas, sim, pela vida, para amenizar hospitais superlotados e profissionais da área esgotados.
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Repertório infinito de palavrões
O repertório de palavrões do presidente Jair Bolsonaro parece ser infinito. Irritado com a reportagem sobre os gastos em alimentação do governo que inclui leite condensado e chiclete para unidades do governo federal, o presidente soltou o verbo. Contra a imprensa, é claro.
Os gastos somaram R$ 2,8 bilhões em alimentação em 2020. Desse valor, mais de R$ 13 milhões com leite condensado, destinado, principalmente, a unidades militares e a universidades e institutos federais, e R$ 2,2 milhões em chicletes.
Levantamento do site Poder 360, entretanto, aponta que as despesas com alimentação em 2020 foram inferiores comparadas às de 2019: R$ 3,7 bilhões.
Questionável mesmo são os gastos com chicletes, e a explicação do governo de que serviriam para a higiene bucal não convence.
Agora, a postura do presidente em relação à reportagem foi lamentável. Os ataques à imprensa já viraram rotina. É, claro que o presidente tem direito de não gostar e criticar as reportagens.
Mas dizer que o “leite condensado era para enfiar no rabo da imprensa”, é de uma baixaria sem precedentes para um chefe do país. Não condiz com o posto ocupado por ele. Mas Bolsonaro é especialista em proferir palavrões.
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Disputa acirrada, e MDB e PT juntos
A disputa pelo comando da Câmara dos Deputados, na próxima segunda-feira (1⁰), promete ser tensa e acirrada.
MDB e PT se uniram em torno da candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB) para derrotar o nome apoiado pelo governo Bolsonaro: Arthur Lira (Progressistas).
A disputa promete ser apertada entre Baleia e Lira. Nos bastidores, há um favoritismo do candidato do governo. Resta saber se vai se confirmar.
Governo exercita o toma-lá-da-cá
Crítico do toma-lá-da-cá na campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro tem recorrido ao método utilizado pelos governos petistas e do MDB para emplacar Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados.
Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo nesta sexta-feira (29) aponta que o governo federal despejou milhões em emendas para garantir votos a Arthur Lira.
Além disso, o Palácio do Planalto negocia ministérios com o bloco do centrão em troca de votos.
Assim como outros presidentes fizeram, o discurso de Bolsonaro na campanha foi um e no governo é outro. Nenhuma novidade.
Quando os interesses convergem
Se a eleição na Câmara dos Deputados promete fortes emoções, no Senado, a disputa promete ser tranquila.
O candidato do governo do Bolsonaro, senador Rodrigo Pacheco (Progressistas), vencerá a eleição com folga.
O candidato bolsonarista tem o apoio do PT e de alguns senadores emedebistas, que não apoiam a senadora Simone Tebet (MDB).
Como dizia o ex-governador Leonel Brizola, prevalecem “os interésses”.
Assembleia Legislativa com presidente definido
Como já é de praxe, o acordo entre as maiores bancadas na Assembleia Legislativa prevalece para o comando da Casa.
Em 2021, é a vez de o MDB ficar com a cadeira. Na próxima semana, o deputado Gabriel Souza assume a presidência.
Em 2022, o comando será a vez do deputado Valdeci Oliveira (PT).
Um alívio para os servidores
O governo Eduardo Leite (MDB) anunciou, na quarta-feira (27), que até o mês de abril pagará em dia os salários dos servidores.
O funcionalismo vive o drama de receber o salário parcelado há mais de cinco anos.
A obrigação é o Estado pagar em dia, mas diante da crise financeira do Piratini, não deixa de ser uma boa notícia a previsão dada pelo governo.
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Reforma deve ser acelerada
Depois das férias, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) reassumiu a prefeitura esta semana.
Com o retornos de Pozzobom, deve ser acelerada a reforma administrativa, que está sendo gestada no governo.
Equipe completa
Um mês da nova direção da Câmara de Santa Maria, comandada pelo vereador João Ricardo Vargas (Progressistas), Coronel Vargas, os cargos estão todos preenchidos.
A nomeação do procurador Eduardo Corrêa foi uma das últimas.
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CARGOS PREENCHIDOS
- Procurador jurídico – Eduardo Corrêa
- Chefe de Gabinete da Presidência: Rodrigo Teixeira
- Secretário Geral: Wagner Pompeo
- Diretora de Comunicação: Karohelen Dias
- Diretor Legislativo: Reinaldo Guidolin
- Diretor Administrativo: Elaine da Silva Essi
- Diretor de Recursos Humanos: Vilmor Segatto
- Assessor da Diretoria Legislativa: Pablo Silveira Machado dos Santos
- Assessor da Diretoria Administrativa: João Honório Saraiva
- Assessor Superior da Secretaria Geral: Adriana Ceratti
- Assessora da Presidência: Maria Lenir Alves de Mello
- Chefe da Divisão de Almoxarifado: Simone Ferrari
- Chefe da Divisão de Informática: Luís Henrique Costa
- Chefe de Divisão de Patrimônio: Rochester de Jesus Lopes
- Chefe da Divisão de Compras, Licitações e Contratos: Lucas Ferrari Pereira
Papel do vereador vai muito além de fazer leis
Compõem a Mesa Diretora 2021 os vereadores: Coronel Vargas (presidente), Paulo Ricardo Pedroso (1º vice-presidente), Ricardo Blattes (2º vice-presidente), Alexandre Vargas (1º secretário) e Antonio de Oliveira (2º secretário). Como suplentes, Danclar Jesus Rossato (1º suplente) e Admar Pozzobom (2º suplente).Texto e fotos: Camila Porto