GILSON PIBER
Jornalista
A pandemia da covid-19 continua. E o número de casos confirmados e de mortes aumenta no mundo, no Brasil, no Rio Grande do Sul e Santa Maria. A cidade está próxima de 17 mil casos confirmados. e os óbitos já passaram de 200.
Só na última semana, em Santa Maria, foram registrados cerca de mil casos e 10 mortes. Isso não é normal, pelo contrário, mostra o vírus ativo e em circulação, com letalidade.
Além disso, surgem as novas variantes do Sars-CoV-2. No Estado, uma nova cepa, a P1, já foi confirmada.
GILSON PIBER – Opinião: A triste novela do Cemitério Municipal
No mapa da 41º semana do modelo de Distanciamento Controlado do Estado, que aponta os indicadores monitorados pelo sistema de enfrentamento à pandemia, algumas informações merecem atenção: a forte elevação no número de internados em leitos clínicos (+23%), o aumento nos registros de hospitalização (+32%) e também no número de óbitos (+16%).
Já as internações em UTI se mantiveram estáveis (+1%). Tudo isso evidencia o alto risco para esgotamento da capacidade hospitalar e a velocidade de propagação do vírus no Rio Grande do Sul.
Gilson Piber é o mais novo colaborador do Paralelo
Com a vergonhosa lentidão no processo de vacinação e a falta de bom senso de muitas pessoas para evitar aglomerações, o cenário segue preocupante. Muitas pessoas ignoram o uso da máscara e não praticam o distanciamento social.
Ao desdenharem da contaminação pelo vírus, fazem com que a vida vire uma roleta-russa. Tudo muito triste, o que revela forte ausência de empatia.
Talvez, quando um familiar ou um amigo tombar por causa da covid-19, essas mesmas pessoas acordem do sono do desdém, da negligência, da não-aceitação e da negação com o vírus. Já vai ser tarde, mas é ainda melhor do que nunca.
SABRINA SIQUEIRA – Opinião: Bovarismo coletivo
No artigo “Resistência, resiliência e ressignificação frente à pandemia de Covid-19”, publicado no Portal Pebmed, a psicóloga hospitalar intensivista Mariana Batista Leite Leles destaca: “Parafraseando o Paradoxo de Stockdale, mais do que nunca, precisamos desenvolver a resiliência verdadeira. O otimismo excessivo e o pessimismo patológico são igualmente nocivos a nossa saúde mental neste momento. O excesso de otimismo tira de nós a responsabilidade de mudança e resistência, e cria expectativas irreais que, quanto frustradas, têm potencial arrebatador. O pessimismo patológico nos coloca em uma condição de entrega e desistência, tirando de nós toda a responsabilidade individual de buscar nosso próprio destino. Em contrapartida, o otimismo realista é capaz de nos manter vivos e em batalha”.