Paralelo 29

Estado determina abertura de leitos emergenciais em todos os hospitais

Plano de contingência determina criação de leitos emergencias em todos os hospitais/Foto: Gustavo Mansur, Palácio Piratini, Arquivo

O governo estadual acionou nesta quinta-feira (25) o último nível da fase 4 do Plano de Contingência Hospitalar diante de uma ocupação superior a 90% dos leitos de UTI no Estado por conta da Covid-19. Esse plano prevê a instalação de leitos emergenciais em salas de recuperação e UTIs intermediárias em todos os hospitais gaúchos, públicos e privados.

A Secretaria Estadual da Saúde também suspendeu cirurgias eletivas, com exceção daquelas de urgência ou que representem risco para o paciente. Além da superlotação hospitalar, os casos novos de Covid-19 não param de crescer.

 “Esta é maior taxa de ocupação até agora, uma situação de extrema gravidade, e será necessária a utilização de espaços disponíveis em cada instituição da rede hospitalar do Estado”, explica o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade.

Junto à ocupação dessas áreas a serem disponibilizadas para leitos emergenciais, deverão também ser acionadas as equipes técnicas desses setores, especialmente as equipes médicas e de enfermagem.

“A partir de agora, os hospitais gaúchos, entre públicos e privados, têm o compromisso de disponibilizar toda a sua estrutura para atendimento de casos de Covid-19, porque estamos na fase mais crítica, que precisa de atitudes mais drásticas”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Conforme indicava o mapa de leitos no início da tarde desta quinta-feira (25), 2.698 leitos de UTI estavam ocupados no RS, incluindo leitos com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os privados, a maior taxa de ocupação da pandemia.

A lista de espera por leitos em UTI também só cresce. No dia 13 de fevereiro, dois pacientes em estado gravíssimo aguardavam transferência para um leito de UTI.

Nesta quinta, o número de pacientes com risco de morte esperando atendimento de UTI é de 30. Outro dado preocupante é cerca de 60% dos pacientes que internam em UTIs morrem.

“Mais de 12 mil gaúchos já perderam a vida para a Covid-19, número maior do que a população de 351 municípios gaúchos. Diante desse cenário catastrófico, a necessidade seria abrir 60 novos leitos de UTI por dia, mas isso jamais será possível”, afirma a secretária Arita.

O Plano de Contingência Hospitalar foi elaborado no início da pandemia e já teve novas versões que acompanharam o avanço da doença.

O plano é estruturado em quatro fases e cada uma das etapas sinaliza as ações e a forma como a SES deve organizar os serviços hospitalares e a movimentação da rede para acesso dos pacientes aos serviços.

(Com informações do governo do RS)

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