Fator Lula
A anulação de todas as condenações na Lava-Jato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Justiça Federal de Curitiba pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, na última segunda-feira (8), teve impacto tanto no cenário político quanto no mercado financeiro. Isso porque ele ficou elegível e poderá disputar a eleição de 2022.
Fachin não entrou no mérito das condenações, no caso se Lula é inocente ou culpado.
O ministro anulou as decisões do ex-juiz e ex-ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro Sergio Moro, em virtude de a Justiça Federal não ter competência para processar e julgar o ex-presidente.
Na quarta-feira (10), Lula deu sua primeira entrevista coletiva e fez um discurso menos radical comparado ao realizado ao sair da prisão, em novembro de 2019, depois de mais de um ano cumprindo pena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Tentou acalmar o mercado financeiro e abordou a possibilidade de um frente de esquerda para as eleições do ano que vem.
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Fardado para 2022
Embora Lula tenha dito que não é no momento de pensar nas eleições, o ex-presidente está fardado para a sucessão presidencial e criticou o governo do presidente Bolsonaro.
Focou nos pontos vulneráveis da atual gestão: o descontrole da pandemia, a péssima condução do Ministério da Saúde e a grave crise econômica com milhões de desempregados. Posicionou-se como contraponto a Bolsonaro.
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Só que Lula como candidato a presidente potencializa todo o estigma da corrupção do seu governo e o ódio, fatores que tendem a trabalhar uma possível disputa eleitoral.
Aliás, Bolsonaro se valeu e se alimentou muito disso para se eleger presidente.
E, embora, elegível, o ex-presidente não foi absolvido, as acusações irão persistir.
Mas é fato que Lula entrou no jogo com força depois da decisão de Fachin.
O insuportável será novamente a polarização entre bolsonaristas e lulistas que não acrescenta em nada e tende só contaminar o debate.
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Efeito Lula no governo Bolsonaro
O presidente Bolsonaro, que nega a gravidade da pandemia e ignora as mais de 270 mil mortes, deu uma guinada em sua postura pensando na sua popularidade em baixa e nas eleições de 2022.
“Chega de frescura, chega de mimimi! Até quando vão ficar chorando?”, afirmou Bolsonaro, recentemente, demonstrando total desrespeito aos familiares das vítimas.
Incentivador de aglomerações e negacionista do uso de máscaras, do distanciamento social e da vacina, o presidente apareceu em solenidade no Planalto, logo depois da entrevista de Lula em que todos estavam de máscara e respeitando um distanciamento, também usando a proteção e mais distanciados.
A cerimônia teve o objetivo de transformar em leis projetos que ampliam a compra de vacinas contra Covid.
Ao contrário da maioria das cerimônias no Palácio do Planalto em que Bolsonaro aprecia sem máscara e, não raro, havia aglomerações.
Lamentavelmente, o presidente não mudou a postura em relação às medidas de prevenção e à vacina por conta das mais de 270 mil mortes, mas, sim, pelo fator Lula.
Com a popularidade em baixa pela péssima condução da pandemia, Bolsonaro dá uma guinada pensando somente em 2022.
Aliás, há muito tempo, ele só pensa nas eleições e arruma briga com todos que possam dificultar seu caminho, como se não houvesse um assunto vital e imprescindível, que é salvar vidas.
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Embates pegados
As sessões plenárias virtuais da Câmara de Vereadores de Santa Maria têm sido marcadas por longos debates ideológicos, já que a nova legislatura em posição bem definida por parte de alguns parlamentares.
Embora o centro do debate seja a gravidade da pandemia e seus desdobramentos, como a compra de vacina, me parece que os vereadores estão mais preocupados com a retórica do que focar em soluções concretas para os problemas de Santa Maria.
Só para lembrar: na última eleição, a Câmara renovou em mais de 50% sua composição.
Isso porque a legislatura passada estava desgastada, principalmente, pelo fato de os vereadores perderem muito tempo com picuinhas e não os problemas da cidade e que afetavam a população.
Os atuais parlamentares deveriam ficar atentos com que o aconteceu na legislatura passada e tirar como lição.
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Mudanças estratégicas e para acomodar aliados no Piratini
O governador Eduardo Leite (PSDB) promoveu mudanças no primeiro escalão, algumas, inclusive, estratégicas.
Uma das principais foi a troca de comando na pasta de Educação: saiu Faisal Karam e entrou a professora Raquel Teixeira.
Na maioria dos governos tucanos, a escolha é por um nome técnico, o que não havia ocorrido com Faisal.
Agora, o governador retoma o perfil com a indicação de Raquel, que é ex-secretária de Educação de Goiás e é integrante do movimento Todos pela Educação.
Para a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, que estava vaga desde a saída de Arthur Lemos para a Casa Civil, Leite puxou um deputado da Assembleia Legislativa: Luiz Henrique Viana (PSDB).
Com a mudança, o governador abriu vaga para acomodar, justamente, Faisal Karam, que foi para Legislativo estadual.
Já a Secretaria Extraordinária de Apoio à Gestão Administrativa e Política será comandada por Agostinho Meirelles, ex-secretário de até se tornar secretário de Articulação e Apoio aos Municípios.
Essa pasta, por sua vez, será ocupada por um aliado do governo: o ex-prefeito de Canoas Cezar Busato (PTB), do partido do vice-governador, Ranolfo Vieira.
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Mais comprometimento do MDB
No mesmo dia em que anunciou as mudanças, o governador Leite deu posse ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum, deputado estadual do MDB.
Com a indicação do parlamentar, o governador tenta comprometer o MDB, maior partido da base aliada, nas votações mais polêmicas.
Na votação da prorrogação do ICMS, o partido não esteve comprometido e o Piratini precisou do PT para aprovar o projeto.
No lugar de Bum, assumiu o suplente Clair Kuhn, ex-presidente da Emater no governo Sartori (MD).
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TCU lança programa para gestores
O Tribunal de Contas da União (TCU) lançou, neste mês, o programa TCU + Cidades com o objetivo de dar suporte aos prefeitos, gestores e servidores municipais, por meio do acesso facilitado a informações sobre gestão fiscal, transferências, execução de políticas públicas e prestação de contas.
O programa tem, ainda, como propósito aperfeiçoar o diálogo com os municípios como forma de atuar na prevenção das falhas que possam prejudicar a melhor utilização dos recursos.
Como consequência, o TCU consolidará uma base de dados de interesse de gestores e servidores municipais e oferecerá cursos de capacitação e seminários. Mais informações no site do TCU.
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Suporte online para os produtores
O Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) tem investido em lives e vídeos para não deixar os produtores desassistidos durante a pandemia e em que o distanciamento social é cada vez mais necessário.
Desde o ano passado, o Senar-RS vem oferecendo palestras e debates em forma de lives no YouTube. O objetivo é que o produtor rural possa ter acesso a temas de seu interesse em sua própria casa, de graça e com segurança.
Ao todo, a página do Senar-RS contém 33 lives e vídeos com cursos, que vão desde Alimentação Saudável e contribuição previdenciária rural, passando por boas práticas nos tratamentos fitossanitários até o uso de drones no agro. Basta acessar o site do Senar-RS.
