Paralelo 29

Segmento da beleza pede para ser considerado essencial

Proprietários de salões e profissionais da área de beleza em Santa Maria pediram flexibilização na bandeira preta/Foto: José Mauro Batista, Paralelo 29

Segmento que reúne salões de beleza e afins faz carreata em Santa Maria e pede para ser reconhecido como essencial

Proprietários e profissionais do ramo da beleza, que reúne salões, barbearias e estabelecimentos afins, realizaram uma carreata na tarde desta segunda-feira (11) para pedir a abertura dos estabelecimentos.

“Por favor senhor prefeito, nos ajude. Queremos atender nossas clientes nas nossas empresas e não nas casas”, dizia um manifestante em cima do caminhão de som, em frente à prefeitura.

Os manifestantes dirigiram o apelo ao prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) e seguiram até a sede da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

Na PGE, eles pretendiam entregar documento pedindo que o governador Eduardo Leite (PSDB) flexibilize as medidas para esse segmento.

Cresce pressão contra restrições da bandeira preta

“Nada contra a ciência”, diz um dos organizadores da carreata

Um dos organizadores do movimento, o cabeleireiro Valmir Kessler, disse ao Paralelo 29 que a manifestação segue todos os protocolos de segurança.

O grupo disse que defende a vacinação e as regras sanitárias como uso de máscara e de álcool em gel, entre outras.

“Nada contra a ciência. Não somos negacionistas. Mas fomos impedidos de trabalhar pelo governador”‘, diz Kessler.

Em caminhão de som, manifestantes pediram para o prefeito Jorge Pozzobom ajudar o segmento da beleza a reabrir/Foto: José Mauro Batista, Paralelo 29

Há 22 anos no mercado, Kessler, que trabalha em um salão de Santa Maria, afirma que o segmento enfrenta uma crise sem precedentes, com falência e desmonte de empresas, como salões.


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Há um ano sem eventos

“Estamos há um ano sem eventos, sem festas, que é onde a gente ganha dinheiro. Estávamos conseguindo sobreviver, mas agora fomos impedidos de trabalhar. Tem colegas vendendo salão, equipamentos”, argumenta.

Kessler também cita prejuízo para os profissionais da área, que são autônomos na grande maioria, e prestam serviços para os salões.

“Todos são MEIs (Micro Empreendedor Individual) e trabalham como parceiros”, completa o cabeleireiro.

Segundo Kessler, há outro problema decorrente das restrições que impedem a abertura dos salões: os arrombamentos.

O profissional encerra afirmando que o segmento recebeu pouca ajuda durante os períodos em que ficou sem trabalhar.

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“Reivindicamos vacinação para toda a população”, diz manifestante

Já a cabeleireira e maquiadora Vera Dalla Valle, que trabalha no ramo há 25 anos, ressaltou que o movimento defende a vacinação.

Vera perdeu um familiar para a Covid-19 no ano passado e diz que ainda se recupera da perda.

Ela é defensora das medidas sanitárias, como uso de máscara, álcool em gel e protocolos para a prestação de serviços.

No entanto, a profissional afirma que os salões e afins adotam todos os protocolos para evitar contaminações.

“A passeata tem como objetivo buscar o direito de abrir os salões para prestarmos serviços e também reivindicar a vacina geral para todos. Temos que ter cem por cento do povo vacinado para conter esse vírus. Sem vacina, é complicado. Esse é o objetivo”, afirma Vera.

Bandeira preta: Prefeitura divulga o que funciona

Setor acredita ter entre cinco mil e sete mil profissionais em SM

Desde que o governo gaúcho decretou bandeira preta em todo o Rio Grande do Sul, devido ao avanço da pandemia de Covid-19, há restrições para serviços não essenciais.

No ano passado, o setor também teve períodos sem abrir, assim como outros estabelecimentos considerados não essenciais.

O segmento da beleza, no entanto, afirma que se enquadra no critério de serviço essencial por trabalhar com higiene e saúde pessoal.

Santa Maria tem entre cinco mil e sete mil profissionais, entre proprietários e autônomos no segmento de beleza, estimam representantes do setor na cidade.

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