Paralelo 29

Nanossatélite da UFSM e Inpe já está em órbita

Nanossatélite desenvolvido pela UFSM foi lançado na madrugada desta segunda-feira/Foto:Roscosmos GK Launcht Services, Divulgação

Após adiamento por questões técnicas de segurança, o nanossatélite brasileiro NanoSatC-Br2 foi lançado com sucesso, O equipamento foi,desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

A bordo do foguete russo Soyuz-2, o equipamento, que tem 1,72 quilograma, foi colocado em órbita na madrugada desta segunda-feira (22), após decolagem a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

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Monitoramento de fenômenos que afetam a vida humana

O equipamento brasileiro agora se encontra em órbita baixa terrestre (LEO) para, entre outros objetivos, estudar e monitorar em tempo real os distúrbios observados na magnetosfera terrestre.

Da mesma forma, ele monitora intensidade do campo geomagnético e a precipitação de partículas energéticas sobre o território brasileiro.

Ou seja, monitora eventos que podem interferir na comunicação por rádio, nos sistemas de navegação, nas células solares de satélites, em radares e, até mesmo, das bússolas.

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Lançamento teve que ser adiado

O lançamento estava previsto para o sábado (20), mas uma anomalia foi detectada no módulo “Fregat”, fez com que o NanoSact-BR2 passa por uma nova revisão.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) transmitiu ao vivo em seus canais, nas duas tentativas, todas as fases de lançamento.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes participou do evento no sábado (20) e comentou.

“Faço questão sempre de ressaltar esse ponto da participação da universidade dentro do Programa Espacial porque é de lá que vem a maior parte das pesquisas realizadas no país”, ressaltou Pontes.

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao MCTI, Carlos Moura, também destacou o trabalho em conjunto com a UFSM.

 “É a concretização de um trabalho de muitas pessoas desde estudantes de graduação, pós-graduação, professores, institutos de ciência e tecnologia num ramo que tem crescido cada vez mais”, declarou.

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Santa-marienses falam sobre o nanossatélite

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade de pesquisa subordinada ao MCTI, Clezio de Nardin, que é de Santa Maria, explicou qual o papel do Inpe/MCTI.

“Essa classe de nanossatélites é fundamental. A AEB já possui tradição de apoiar pequenos satélites e agora o INPE também se engaja nesta iniciativa mundial pela redução do tamanho dos satélites começando pelos cubesats como porta de entrada para os grandes satélites para atender as demandas nacionais”, disse De Nardin.

Parceira no NanosatC-Br2, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) esteve presente na live representada pelo reitor e pesquisadores que participaram ativamente do projeto.

“É o segundo nanossatélite que a UFSM participa e temos muito orgulho de fazer parte de um projeto como esse”, destacou o reitor Paulo Burmann.


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Sobre o NanoSatC-Br2

O lançamento de nanossatélite é parte do projeto de desenvolvimento de missões espaciais com foco científico, tecnológico e educacional apoiados pelo MCTI e parceiros.

Os satélites padrão CubeSat são plataformas padronizadas mais baratas e acessíveis e de rápido desenvolvimento.

Suas aplicações no Brasil têm sido, principalmente, com foco em pesquisas e capacitação de recursos humanos e operacionais.

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Importante para o Brasil

O NanosatC-Br2, posicionará o Brasil à frente na discussão sobre importantes questões das pesquisas relacionadas ao Geoespaço, Aeronomia, Geofísica Espacial e de Engenharias e Tecnologias Espaciais.

Este é o segundo equipamento do gênero desenvolvido pelo Inpe em parceria com a UFSM/Foto: Inpe, Divulgação

Este é o segundo nanossatélite científico universitário brasileiro, proposto no âmbito do Programa NanoSatC-Br, que consiste em uma parceria entre a a AEB e o Inpe, instituições vinculadas ao MCTI, e a UFSM.

O programa é voltado para a integração e formação de professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e tecnologistas em projetos de pesquisa espacial e áreas afins.

Entre elas, estão o desenvolvimento de engenharias, tecnologias espaciais, ciências da computação e espaciais, promovendo a preparação de uma nova geração de profissionais, pesquisadores e promotores do conhecimento sobre o assunto.

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