BELINDA PEREIRA
Psicóloga
Muitos se perguntam sobre o amor de mãe. Ele nasce com as mulheres? Ou é construído socialmente? Será que ele muda de acordo com a nossa cultura, nossa história de vida, nossos desejos? As respostas são variadas.
Entre tantas, temos a de que o amor de mãe é construído, pois assim como amamos, podemos desamar, bem como o mesmo pode ser eterno.
Ao contrário da crença institucionalizada o amor materno não está inscrito no DNA da mulher.
A história é nossa aliada, quando nos conta que a devoção das mães aos seus rebentos, ao longo do tempo, nunca existiu em todas as épocas e em todos os meios sociais.
No Dia das Mães, a homenagem do Paralelo 29
Por outro lado, temos a teoria de que o amor de mãe é incondicional, que ele independe de situações ou relações, que uma mãe sempre amará seu filho, mesmo que ele não siga seus passos ou a maneira como tentou educar.
Sob este ponto de vista, não cabe à mãe julgar o filho por seus atos, apenas continuar amando, mesmo que isto atente contra sua própria vida ou vá contra seus valores éticos e morais. Há controvérsias.
O amor pega vários caminhos como meio de se expressar, pois cada mãe e também cada filha ou filho ama à sua maneira.
Uns amam mais, outro menos, uns demonstram com palavras, outros com gestos e até mesmo através de um simples olhar.
Artigo: O nosso luto a gente (re) inventa
Porém, os mais atentos verão que aquele olhar continha um brilho todo especial.
Por sermos seres singulares agimos, sentimos, pensamos de acordo com o nosso modo de interpretar o mundo. O amor de mãe é um sentimento que vai sendo tecido ao longo de toda uma vida.
Meus cumprimentos a todas a mães, pretas ou brancas, biológicas ou não, pobres ou ricas, heteros ou não, entre tantas outras, todas merecedoras de respeito e consideração que, com o seu amor, lutam pela proteção dos seus filhos e filhas.