O supertelescópio James Webb, que deverá revolucionar o entendimento científico sobre a origem do Universo, chegou nesta segunda-feira (24) ao destino final geoestacionário. O grupo de Astrofísica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) participará de pesquisa com a utilização do equipamento.
A área, denominada Lagrange 2 (L2), é uma das cinco áreas na Via Láctea onde a influência gravitacional do Sol e da Terra se equilibram em força centripetal, o que torna viável a órbita do equipamento. A localização também permite comunicação contínua entre a base de operação do telescópio e as antenas transmissoras do James Webb.
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Equipamento complexo
O James Webb começará a transmitir observações científicas após o término total do processo de comissionamento, estimado em seis meses.
Durante esse tempo, o equipamento fará a abertura dos espelhos para, então, regular-se à temperatura prevista de operação: -380 graus farenheit, ou cerca de -228 graus Celsius – considerada temperatura de criogenia.
Após a abertura total do equipamento e os ajustes de temperatura, o James Webb iniciará o alinhamento óptico dos 18 espelhos. Para a operação correta, o alinhamento deve ter a precisão de alguns nanômetros, ou cerca de 1/10.000 de um fio de cabelo humano.
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Sucessor do Hubble
O James Webb é considerado o sucessor do telescópio espacial Hubble, lançado em 1990. Ambos feitos para ver o chamado Espaço Profundo. A diferença é que o James Webb é capaz de enxergar fenômenos em diferentes frequências do espectro de luz.
A Nasa promoveu um bate-papo ao vivo com engenheiros e cientistas envolvidos no projeto do James Webb durante o dia. Eles discutiram os próximos passos do projeto, além de revelarem detalhes e curiosidades sobre o desenvolvimento do equipamento, que tem custo estimado em US$ 11 bilhões.
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(Com informações da Agência Brasil)