Oito meses após o júri popular condenar os quatro réus do processo principal da tragédia da Kiss, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) julgará os recursos que questionam o resultado do júri popular realizado em dezembro do ano passado. O julgamento começará às 14h e será transmitido pela internet.
Os recursos foram apresentados pelos réus Elissandro Callegao Spohr, que pegou a pena maior; Mauro Londero Hoffmann, que teve a segunda maior pena; Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão.
Os quatro réus estão presos desde o dia em que foi anunciada a sentença, em 10 de dezembro. A sessão presencial será na sala 805 do prédio-sede do TJRS, em Porto Alegre, e será transmitida ao vivo pelo canal do TJRS no YouTube.
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CONDENAÇÕES DO JÚRI
- Elissandro Callegaro Spohr, empresário e um dos sócios da boate – Pegou 22 anos e 6 meses de prisão
- Mauro Londero Hoffmann, empresário e um dos sócios da boate – Pegou 19 anos e 6 meses
- Marcelo de Jesus dos Santos, integrante da Banda Gurizada Fandangueira – Pegou 18 anos
- Luciano Bonilha Leão, integrante da Banda Gurizada Fandangeira – Pegou 18 anos
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Advogados penem nulidades no processo
Com a condenação, os advogados dos quatro réus interpuseram apelações alegando nulidades no processo e na solenidade. Ainda, consideram que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos e requerem o redimensionamento das penas privativas de liberdade fixadas pelo Juiz Presidente do Tribunal do Júri.
A sessão de julgamentos da 1ª Câmara Criminal do TJRS será presidida pelo desembargador Manuel José Martinez Lucas, que também é o relator dos recursos. Além dele, participarão os desembargadores José Conrado Kurtz de Souza e Jayme Weingartner Neto.
Neste dia, a sessão será exclusiva para analisar os recursos relativos ao caso Kiss. Cada uma das partes terá 10 minutos para sustentação oral.
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Uma tragédia que ainda marca a cidade
O incêndio da boate Kiss, que também ficou conhecido como tragédia de Santa Maria, ocorreu na madrugada de 27 de janeiro de 2013, durante uma apresentação da banda Gurizada Fandangueira, em uma festa universitária. Um artefato pirotécnico utilizado pela banda acabou atingindo o teto, que era coberta de espuma, e provocou o fogo.
Morreram 242 pessoas e mais de 600 sobreviveram com ferimentos, alguns deles graves, que exigiram amputações e tratamento contínuo,
(Com informações do TJRS)