Com dois votos a um, desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) decidiram, nesta quarta-feira (3), anular o júri que condenou os quatro réus da tragédia da Kiss. Os quatro serão soltos e aguardaram um novo julgamento.
Elissandro Callegaro Spohr, sócio da Kiss, que pegou a pena maior, Mauro Londero Hoffmann, também empresário, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, deverão ser soltos a qualquer momento. Em dezembro, o Júri Popular realizado em Porto Alegre condenou os dois empresários donos da Kiss e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira por dolo eventual (não tiveram a intenção de matar, mas correram o risco da tragédia),
Boate Kiss: após 9 anos, familiares de vítimas veem início de justiça
CONDENAÇÕES DO JÚRI
- Elissandro Callegaro Spohr, empresário e um dos sócios da boate – Pegou 22 anos e 6 meses de prisão
- Mauro Londero Hoffmann, empresário e um dos sócios da boate – Pegou 19 anos e 6 meses
- Marcelo de Jesus dos Santos, integrante da Banda Gurizada Fandangueira – Pegou 18 anos
- Luciano Bonilha Leão, integrante da Banda Gurizada Fandangeira – Pegou 18 anos
STF nega habeas corpus para condenados no caso da boate Kiss
Advogados alegaram nulidades no processo e no júri
Na sessão, os magistrados julgaram recursos dos advogados dos réus, que argumentaram nulidades no processo e no júri de dezembro do ano passado.
Familiares e vítimas do incêndio que matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos na madrugada de 27 de janeiro de 2013, na boate Kiss, em Santa Maria, acompanharam a sessão. O TJRS também transmitiu a sessão em seu canal do Youtube.