Paralelo 29

Qual foi o último grande sonho de sua vida?

Foto: Divulgação

CUCA VICEDO – Publicitária e comentarista de Cinema

Sonhar nos dá uma amplitude do imaginário, de coisas que gostaríamos que acontecessem ou não. A diferença entre sonhar e ter pesadelos está nas profundidades psicológicas que nos levam a um horizonte diferente e a uma realidade, além da realidade.

O prefácio pode ser conhecido ou lembrar alguma coisa, mas a premissa de que sonhar é preciso para todos continua necessária. Entre sonho e realidade, o que mais nos assusta na vida?

Dentro deste universo paralelo e tão importante para todos os seres humanos a dica de hoje fica para o grande lançamento e atual sucesso do streaming Netflix, THE SANDMAN.

A série de 10 episódios já estreou com tudo e, particularmente, conferi em uma noite a primeira temporada completa. Porque é sensacional.

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 O visual do filme é algo completamente surreal, uma direção de arte primorosa em que cada cena parece uma pintura de Salvador Dalí. Fotografia charmosa, elegante, assim como os figurinos, que transcendem os séculos apresentados no decorrer dos episódios. Cada episódio é muito bem dirigido e traz diferentes situações que implicam na ilustração final da história, já que SANDMAN é baseado em um quadrinho de sucesso da DC Comics.

As trilhas que ajudam a configurar cada cena são espetaculares e perfeitas, trazendo uma narrativa com a dose certa, de humor, terror, suspense ou drama.

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O elenco não poderia ser mais eficaz: o jovem e talentoso ator Tom Sturridge traz uma forte presença como Morpheus, do tom da voz a presença em cena, excelente. Outro destaque para a fantástica Gwendoline Christie, como Lúcifer (ela já foi, literalmente, um grande destaque na série Game of Thrones), chama atenção tb Boyd Holbrock como Corinthian (extremamente parecido com o canastrão Ryan Gosling)  e os sempre fantásticos Charles Dance (Roderick) e David Thewlis(Doutor Destino). Um elenco basicamente inglês formado pelo Teatro o que qualifica, e muito, as interpretações de cada personagem.

Importante destacar a “Doença do sono” retratada na série, tanto por ser baseada em fatos reais de uma epidemia que surgiu no período como uma analogia a cada ser humano não enxergar a realidade que o cerca.

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O maior crédito fica com certeza com quem escreveu algo tão inovador e diferente, Neil Gaiman. Criatividade e ótima história, o que está em falta demais neste alto volume de produções enfadonhas e sem conteúdo que os streamings nos trouxeram. Em SANDMAN  a qualidade vai do início ao fim.

Se você ainda não pode conferir, não perca. The Sandman, na Netflix.

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