ABDON BARRETTO FILHO – Economista e Mestre em Comunicação Social
O Roteiro Cultural, Científico, Paleontológico e Turístico “ A Viagem ao Berço dos Dinossauros, na Formação Geológica Santa Maria, RS, Brasil “ vem sendo desenvolvido desde 1988, quando foi incluído na Programação do Turismo Ecológico, do Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo, em 1988, com o nome de “ Viagem ao Coração do Rio Grande”, com visitas sempre acompanhadas de Guias de Turismo Especializados e monitores aptos sobre o tema paleontológico e paleobotânico que foram continuadas na década de 1990.
Em 2013, nos preparativos para a Copa FIFA 2014, foi criado o roteiro “Fósseis do Triássico” atendendo principalmente visitantes internacionais. Para o grande público e visando ampliar o conhecimento sobre o tema, é importante destacar que os organizadores investiram em pesquisas e viagens similares e reconheceram que o Turismo Paleontológico deve ser oferecido com apoios profissionais e tendo como base científica a série de publicações, consultorias e palestras de Paleontólogos.
É importante entender o conhecimento básico sobre o nosso planeta há mais de 200 milhões de anos. Dessa forma, lembrar que a Era Mesozoica é dividida em 3 Períodos: o Triássico (Entre 251 a 199,6 milhões de anos. Quando surgiram os primeiros dinossauros e os primeiros mamíferos); o Jurássico (Entre 199,6 milhões a 145,5 milhões de anos.
Com aparecimento das coníferas, florestas e grandes dinossauros); o Cretáceo (Entre 145,5 a 65,5 milhões de anos. Terminando com a extinção em massa dos grandes dinossauros).
Na realidade, o foco do roteiro é conhecer a região dos dinossauros do Período Triássico, encontrados na Formação Geológica Santa Maria RS, considerados os mais antigos do mundo.
O Roteiro “Viagem ao Berço dos Dinossauros” está organizado com todas as garantias profissionais, incluindo operadores turísticos, guias especializados, informações das pesquisas publicadas, consultores técnicos, transporte adequado e hospedagens próximas aos locais de visitações.
É uma contribuição ao desenvolvimento do fenômeno turístico no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul. É óbvio que outras opções poderão ser copiadas, com neófitos e aproveitadores não comprometidos com a causa. Portanto, ao decidir a viagem é indispensável realizar planejamento, consultar profissionais e os contatos nas cidades que serão visitadas.
Para muitos interessados, o trabalho profissional do Turismo Paleontológico organizado vem atender as demandas de visitantes nacionais e internacionais motivados pelas pesquisas e achados fósseis da Formação Geológica Santa Maria, destacando-se os Municípios da Rota Paleontológica Centro, principalmente aqueles que estão investindo nos serviços receptivos.
O Roteiro é iniciado em Porto Alegre, seguindo para os Municípios da Região Central, destacando-se os integrantes da Quarta Colônia composta por nove Municípios gaúchos: Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande, Restinga Seca, São João do Polêsine e Silveira Martins. (Sendo 7 de origem italiana e 2 de origem alemã).
As visitas principais, em ordem alfabética, são em Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Restinga Seca e São João do Polêsine, continuando a viagem para Santa Maria, São Pedro do Sul e a Mata, Cidade da Pedra que foi Madeira.
É uma história rica em detalhes e que os pesquisadores continuam apresentando resultados surpreendentes. Parabéns aos pesquisadores e suas instituições públicas e privadas que apoiam seus estudos e publicações.
O roteiro pode ser classificado como Turismo Científico, uma das cinco opções indicadas pela Organização Mundial de Turismo – OMT, na Pós Pandemia, integrando o grupo formado pelo Turismo de Natureza; Turismo de Bem-estar; Turismo de Base Comunitária; Volunturismo. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.