A disputa pelo segundo turno começa a esquentar entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) com o anúncio de apoios. Bolsonaro recebeu o apoio do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reeleito no primeiro turno. Já Lula conseguiu o apoio do PDT.
De acordo com Zema, ele tem algumas divergências com o atual presidente, mas é hora de colocá-las de lado em torno de um projeto maior. A formalização do anúncio ocorreu nesta terça-feira (4).
“Sabemos que em muitas coisas convergimos e em outras não, mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário”, disse Zema.
Bolsonaro também recebeu o apoio do governador reeleito do Rio de Janeiro, Claudio Castro, que é do mesmo partido do presidente. Desta forma, o anúncio é só uma formalidade para dizer que o governador estará na campanha pela reeleição.
Bolsonaro tenta, agora, o apoio do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado no primeiro turno. Os dois terão uma reunião ainda nesta terça.
Em entrevista coletiva também na manhã desta terça-feira, o presidente do PDT, Carlos Lupi, anunciou que o PDT estará com Lula no segundo turno. A decisão, segundo ele, será seguida pelo ex-presidenciável Ciro Gomes, que acabou em quarto lugar no primeiro turno.
Conforme Lupi, Ciro “endossa integralmente” a decisão do PDT. Ainda segundo o presidente nacional do PDT, mesmo com divergências com o PT, o partido está se posicionando pela democracia.
“Não admitimos nenhum apoio a Bolsonaro”, afirmou Lupi, informando que a decisão pedetista foi por unanimidade, “sem nenhum voto contrário”.
O primeiro apoio de um dirigente de partido a Lula no segundo turno foi anunciado ainda na segunda-feira (3), quando o presidente nacional do Cidadania (ex-PPS), Roberto Freire, anunciou sua adesão à candidatura do petista na disputa contra Bolsonaro.
Freire também referiu a defesa da democracia para referendar seu apoio à candidatura de Lula. O Cidadania esteve com Simone Tebet (MDB) no primeiro turno.
O PT e Lula também aguardam a manifestação de Tebet. Ele deu a entender, ainda na noite de domingo (2), que estará “do lado da democracia”. Como ela é crítica de Bolsonaro e fez um forte trabalho nesse sentido durante a CPI da Covid (CPI da Pandemia), a tendência é que Tebet formalize apoio a Lula.