Paralelo 29

Seja o chato da história

Foto: Reprodução

FABIO S. VASCONCELOS – Desenvolvedor e Treinador em Soft Skills e Liderança

“O pessimista queixa-se do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”. (William George Ward)

Uma possível economia de relações ou de papéis sociais está contida nesse aforismo do matemático e teólogo britânico William George Ward. Ele apresenta três papéis diante da necessidade de transformar a realidade em algo novo: O Crítico (Pessimista), o Sonhador (Otimista) e o Realista.

São nas situações singulares da jornada, em tempestades, à deriva, ou em momentos decisivos, que se revelam os perfis dos que estão dentro do barco.

Nessa analogia, você poderá olhar para os céus munido de esperança e SONHAR, acreditando no dia em que o vento irá soprar na sua direção e trará a salvação…

Em uma outra possibilidade, você poderá CRITICAR o tamanho da vela, a idade do barco, a incapacidade dos marinheiros e queixar-se da direção “errada” do vento… Não menos possível, você poderá analisar a situação, suas desvantagens, seus poucos recursos, seus limites e sua vontade de viver, e diante da fotografia dessa REALIDADE ajustar as velas para o melhor vento…

Contudo, muitos querem ser reconhecidos como “Otimistas” do seu tempo… Pois esses são mais “positivos”, “sonhadores”, “indivíduos de fé” e “esperançosos”. É para o otimista que está reservada a “salva de palmas” no palco da vida… Enfim, é nobre e legítimo ser otimista.

Para “Pessimistas” ficam aqueles lugares que ninguém quer estar… Mesmo esses reconhecendo facilmente as reais falhas de um barco…

Já os “Realistas” são sempre os chatos da história… Sem o otimismo elogiável e por vezes improdutivo, mas com a capacidade de mapear a realidade, ignorando ficar a mercê do “destino”…

Em seu estudo sobre as estratégias de Walt Disney para contar suas histórias e transformar sonhos em realidade, o consultor americano e trainer Robert Dilts criou o Modelo Disney de sucesso.

Ele se baseia no fato de que os colaboradores da empresa Disney diziam que, na época, três diferentes “Walts” iam ao trabalho, e eles nunca tinham certeza de quem estaria com eles na reunião. Seria o Sonhador, ou Realista, ou o Crítico? Isso os mantinha sempre em alerta…

Mesmo em seus filmes, Walt Disney apresentava esses três papéis nas narrativas das suas histórias. Nelas, um personagem aparece como um sonhador, outro como um resmungão, e um outro assume o papel do realista… Normalmente, é esse último que toma as melhores decisões…

Com isso, Disney nos ensina sobre tomada de decisão, quando nos mostra que quem consegue ENXERGAR com clareza a fotografia da situação tem a oportunidade de inovar, resolver problemas e alcançar objetivos. E sabe porque?
Esse será aquele que terá o maior número de opções para decidir. E decidir melhor! Está à deriva? Seja o chato da história.

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