O União Brasil decidiu liberar os diretórios estaduais para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais deste ano. A votação será no próximo dia 30.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5) pelo presidente nacional do União e deputado federal reeleito Luciano Bivar (PE) – que, em 2018, abrigou o então pré-candidato Jair Bolsonaro em seu partido, PSL. Em 2021, PSL e DEM se fundiram para formar o União Brasil.
“Em respeito à democracia partidária, a direção nacional do União Brasil decide liberar seus diretórios e filiados que sigam seus próprios caminhos com responsabilidade no segundo turno das eleições presidenciais e estaduais”, disse Bivar, sem indicar qual sua posição individual.
No primeiro turno, o União Brasil lançou como candidata à Presidência a senadora Soraya Thronicke (MS), que terminou na quinta posição com 0,51% dos votos válidos. Em redes sociais, Soraya indicou que deve se manter neutra no segundo turno, ou seja, não declarará apoio a Lula nem a Bolsonaro.
Mais cedo nesta quarta, o governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado (União), anunciou apoio à reeleição de Bolsonaro. Dois dias antes, tinha dito que aguardaria uma posição do partido para se manifestar. Outros políticos eleitos pelo partido, como o ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (PR), também declararam apoio a Bolsonaro.
Nas eleições do último domingo (2), o União Brasil reelegeu Caiado no primeiro turno e levou quatro candidatos a governo estadual para o segundo turno: Rodrigo Cunha (Alagoas), Wilson Lima (Amazonas), ACM Neto (Bahia) e Coronel Marcos Rocha (Rondônia).
O União também terá 59 cadeiras na Câmara dos Deputados (atualmente, tem 52) e 11 no Senado (hoje, tem oito). Com isso, a legenda – que já estuda nova fusão com o PP – terá a terceira maior bancada de deputados e a quinta maior de senadores.
“Eu acho que a gente pode condensar cada vez mais o sistema partidário brasileiro em poucos partidos, é isso que defendo. […] Essa questão da fusão é uma conversa que vem de dois, três anos, que a princípio era o DEM, PSL e o PP”, disse Bivar nesta quarta sobre a possível fusão.
“Não é fácil fazer hoje uma federação hoje, é dificílima. Um praticamente extinto e outro em processo de extinção. Então, é natural que eles se aglutinem para ter representação no Congresso Nacional”, disse.
(Com informações do G1)