Julgado nesta quarta e quinta-feira, 19 e 20, Jorge Renato Hordoff de Mello foi condenado a 42 anos e dois meses de prisão pelo assassinato do ex-secretário de Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos.
Conforme defenderam em plenário os promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari e Eugênio Paes Amorim, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Porto Alegre considerou o réu culpado pelos crimes de homicídio qualificado (mandante), adulteração de sinal identificador de veículo automotor e corrupção ativa.
O assassinato foi cometido em fevereiro de 2010, na Rua Hoffmann, Bairro Floresta, na Capital, quando Eliseu Santos, então secretário de Saúde de Porto Alegre, foi baleado em via pública por dois disparos fatais de arma de fogo.
Ele estava acompanhado da mulher e da filha na saída de um culto religioso e foi alvejado por pessoas que se aproximaram em um carro Vectra. Jorge Renato Hordoff de Mello foi o mandante do crime. O veículo tinha placas clonadas e havia sido furtado. Após o crime, o automóvel foi incendiado.
Próximos dois júris
Este foi o segundo de uma série de quatro júris previstos para ocorrer neste ano sobre o caso. Os demais cinco réus deste processo serão julgados em 23 de novembro (Jonatas Pompeu Gomes e Marcelo Machado Pio) e 12 de dezembro (Cássio Medeiros de Abreu, Marco Antonio de Souza Bernardes e José Carlos Elmer Brack).
Motorista e dois executores já haviam sido condenados
Neste mesmo processo, nos dias 22 e 23 de setembro, Robinson Teixeira dos Santos foi condenado a 33 anos, cinco meses e 15 dias de prisão por homicídio qualificado, bando armado (associação criminosa), fraude processual, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Ele era o motorista do veículo. Foi Robinson quem levou os dois executores até o local do crime e ficou aguardando para fugirem.
Em outro processo sobre o mesmo caso, foram julgados e condenados em 2016 duas pessoas apontadas pelo MPRS como os executores do então secretário.
Eliseu Pompeo Gomes e Fernando Junior Treib Krol foram sentenciados a 27 anos e 10 meses de reclusão pelos mesmos crimes de Robinson: homicídio qualificado, bando armado (associação criminosa), fraude processual, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
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(Com informações do MPRS)