Paralelo 29

Homem mata namorada com faca e espada em suposto ritual satânico e queima corpo em lareira

Foto: Reprodução redes sociais

Polícia Civil procura suspeito de matar mulher em Porto Alegre, trabalha com crime de gênero e descarta, em princípio, motivação religiosa

Um crime chocante está sendo investigado pela Polícia Civil de Porto Alegre: o assassinato de uma mulher que teve o corpo queimado em uma lareira após ela ser morta com faca e espadas.

O crime ocorreu na madrugada desse domingo (25), no Bairro Lomba do Pinheiro, na zona Leste de Porto Alegre. Laila Vitória Rocha de Oliveira, de 21 anos, do Pará, foi assassinada pelo namorado, André Ávila, de 37 anos. O suspeito está sendo procurado pela Polícia Civil.

O casal se conheceu na internet, e Laila estava morando na capital gaúcha. Segundo a Polícia Civil, Ávila usou uma faca e espadas para matar a companheira.

Depois, ele ainda jogou o corpo da namorada em uma lareira. A Polícia Civil trata o assassinato como feminicídio e descarta que o crime tenha relação com ritual religioso como chegou a ser noticiado.

Crime teria motivação religiosa?

Imagens como esta estavam na casa do suspeito e levaram veículos de comunicação a relacionar fato a ritual satânico/Foto: Reprodução

Nas redes sociais, André Ávila usa o nome “Victor Samedi” e em um deles tem 35 mil seguidores. Ele se apresenta como especialista em necromancia (adivinhação por meio de contato com os mortos) e em trabalhos de magia e satanismo.

Também nas redes sociais, há pessoas acusando o suposto “bruxo” e outras questionando se alguém conhece o trabalho dele na área. Na casa do suspeito, em Porto Alegre, foram encontrados objetos supostamente relacionados a feitiçaria e a satanismo.

De acordo com o portal, Ávila teria assassinado a jovem em um suposto ritual satânico pelo fato dele não aceitar o fim do relacionamento.

As investigações preliminares, no entanto, apontam que a maneira como a casa foi encontrada é suficiente para descartar assassinato ligado a alguma prática satânica. Por isso, o inquérito foca em crime de feminicídio, inclusive com depoimentos de familiares.

Por outro lado, como é comum em casos envolvendo supostos rituais, há confusão e preconceito em relação a imagens cultuadas em religiões de matriz africana, geralmente associadas a demônios.

Em nota divulgada pelo site G1RS, o advogado Jean Maicon Kruse, que defende o suspeito, nega que seu cliente tenha cometido o crime.

Delegada segue a linha de feminicídio

A própria delegada que assumiu o caso, Cristiane Ramos, descarta motivação religiosa e reforça a linha de investigação de crime motivado de “violência de gênero” motivado por ciúmes.

Conforme o portal Diário Online, do Pará, Laila é natural de Parauapebas, no sudeste paraense, e há dois meses havia se mudado para Porto Alegre depois de conhecer André Ávila pela internet.

A jovem teria contado para a mãe que era agredida com frequência pelo namorado e revelou a vontade de retornar ao Pará.

Ainda segundo reportagem do Diário Online, o suspeito possui antecedentes por assassinato no Rio Grande do Sul, motivo pelo qual usava tornozeleira eletrônica, e por atentado contra a vida de policiais militares. Já segundo o G1RS, na ficha policial também consta uma condenação de 2007 por uma tentativa de triplo assassinato.

Corpo é encontrado ainda em chamas

Ainda segundo o Diário Online, vizinhos chamaram a polícia depois de ouvirem tiros na casa. Quando chegaram no endereço, os policiais encontraram o corpo de Laila carbonizado dentro de uma espécie de tambor que ainda estava em chamas.

O corpo da vítima tinha duas grandes perfurações, entre outros ferimentos. Na casa onde ocorreu o crime foram encontradas diversas imagens cultuadas por Ávila.

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