Ministério Público entrou com pedido de acolhimento da criança
O juiz de Direito Tiago Tweedie Luiz, titular da 6ª Vara Cível do Foro da Comarca de Canoas, que atua na área da Infância e Juventude, determinou que os órgãos ligados à proteção de crianças façam uma série de diligências para apurar a situação da menina que estava no colo do pai durante um tumulto ao final do jogo entre Internacional e Caxias, no último domingo.
Segundo o juiz, o Ministério Público ingressou com pedidos de audiência, acolhimento da criança e aplicação de medida de proteção. Não houve indicação de qual medida seria.
O pedido de acolhimento foi indeferido. O juix espera a apuração das condições da menina para avaliar a aplicação de medidas adequadas, caso avaliada a necessidade.
O homem, um torcedor colorado, está sendo investigado por invadir o campo de futebol, ao final da partida, e agredir um dos jogadores do Caxias que comemorava a vitória e um cinegrafista que trabalhava na transmissão. Ele cometeu os atos segurando a menina no colo.
O caso aconteceu no domingo (26), após o jogo entre Internacional e Caxias, pela semifinal do Gauchão, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
O torcedor invadiu o campo com a filha de três anos em meio à confusão entre jogadores dos dois times e agrediu o jogador Dudu Mandai, do Caxias, e um cinegrafista da RBS TV.
O torcedor investigado tem 33 anos e mora em Canoas, na Região Metropolitana. Segundo a Polícia Civil, ele integrava uma torcida organizada do Internacional até 2019 e era sócio recente do clube.
Conforme Taiane Paixão, advogada do torcedor, ele invadiu o campo “para proteger a filha”, alegando que estava com medo “do que estava acontecendo na arquibancada”.
O MPRS, por meio do promotor João Paulo Fontoura de Medeiros, entrou com um pedido de aplicação de medida de proteção para a menina.
No pedido, o promotor explica que “a filha estava em seu colo, correndo extremo risco de ser agredida e lesionada”. De acordo com Medeiros, não houve um fato mais grave porque jogadores do Caxias protegeram a criança.
O promotor, que atua na Vara da Infância e Juventude, pediu que “seja aplicada medida de proteção e – em se revelando necessário – o acolhimento institucional da criança ou a sua entrega a membro da família natural ou extensa em condições de cuidá-la, a fim de que tenha seus direitos resguardados”.
No âmbito da Promotoria do Torcedor, a promotora Débora Balzan irá analisar as imagens oficiais para adotar as medidas cabíveis.
(Com informações do TJRS, do G1RS e do MPRS)