A música do Rio Grande do Sul está de luto pela morte do cantor, compositor e instrumentista Luiz Carlos Borges, autor de clássicos do nativismo. Borges tinha 70 anos completados em março e morreu nesta quarta-feira (10), no Hospital da Santa Casa, em Porto Alegre, onde estava internado desde 27 de março.
Em 25 de março deste ano, Borges completou 70 anos. Uma grande festa, de mais de 12 horas, marcou a data, no Rancho Tabacaray, em Porto Alegre, onde o músico morava.
Nomes da música gaúcha como Borghettinho, João de Almeida Neto, Shana Muller, Os Fagundes e Érlon Péricles, sobrinho de Borges, se apresentaram na comemoração. Dois dias depois, Borges foi internado.
Conforme reportagem da Rádio Missioneira, de São Luiz Gonzaga, Borges nasceu na Vila Seca, 4º distrito de Santo Ângelo, nas Missões. Ele iniciou a carreira aos sete anos de idade, no conjunto Irmãos Borges.
Filho de pequenos produtores rurais, teve uma infância na campanha, no lombo do cavalo, brincando com gados de osso e comendo pitanga nos matos. Ainda na infância, Borges morou em São Luiz Gonzaga, cidade vizinha a Santo Ângelo, nas Missões.
E foram os gados de osso que inspiraram aquele que, talvez, seja o maior sucesso de sua carreira: Tropa de Osso, composição dele em parceria com Humberto Gabbi Zanatta (in memorian), um dos grandes clássicos da 9ª Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1979.
Formado em Música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Borges foi cargo de confiança em governos municipais em São Borja, Santa Maria e Santa Rosa, onde, em 1983, criou o Musicanto, um dos grandes festivais nativistas do Rio Grande do sul.
Ao longo da carreira musical, Luiz Carlos Borges lançou 35 álbuns e fez shows fora do Brasil em país coo Alemanha, Áustria, Itália, Eslovênia, Suíça, Polônia, Estados Unidos e Argentina.
(Com informações da Rádio Central Missioneira, de São Luiz Gonzaga, e do G1RS)