CUCA VICEDO – PUBLICITÁRIA E COMENTARISTA DE CINEMA
O grande Jerry Lewis tinha uma frase sobre atuação que eu nunca esqueci: “ Você tira uma grande atuação dramática de um comediante, porque é muito mais difícil fazer rir, do que fazer chorar.”
Tom Hanks, que sempre foi um queridão adorado pelos colegas de trabalho, neste meio cruel do show business, marido fiel da mesma esposa há mais de 40 anos, um cara legal em seus filmes, arriscou um vilão na biografia de Elvis Presley e levou um framboesa de ouro de pior atuação.
Mas esse currículo nunca vai ser abalado. De comediante em início de carreira a atuações fabulosas em PHILADELPHIA (1993) E FORREST GUMP (1994), suas interpretações garantiram sua marca única de ganhar dois Oscars em anos seguidos e respeito com toda admiração em se tornar um dos atores/produtores mais lucrativos do cinema.
Sem um grande sucesso há tempo considerável, de crítica, Tom Hanks surge como um vizinho amargo e mal humorado em O PIOR VIZINHO DO MUNDO (2023) ou simplesmente OTTO, título original e bem melhor. E, aí é que surge o grande Tom Hanks, imaginando mais um simplório filme de brigas de vizinhos..chatas na vida real e em qualquer outro lugar…
Tom Hanks faz a magia acontecer, e aquele ator perdido em tantos papéis legais, e alguns tolinhos, volta com força e torna uma história comum e medíocre em algo que vale a pena ver…e se emocionar.
A história cresce nas mãos de Hanks, trazendo a mensagem positiva que todos precisamos nos dias de hoje: seja amável e conquiste as pessoas com coisas boas. Tão simples e comum, mas tão difícil nas mentes atuais. O filme vale a pena e se encontra no HBO +.
Sem nunca mostrar a prepotência dos atuais astrinhos e estrelas que se acham sem ter nada no currículo, Tom Hanks conquista pela simplicidade e merece todo crédito por isso.
