*Texto atualizado às 14h17min para acréscimo da resposta do vereador Tony Oliveira e inclusão da vereadora Roberta Leitão na lista dos que podem concorrer em chapa para a Prefeitura
Dos quatro que não irão à reeleição, três não concorrerão a nenhum outro cargo
Enquete feita pelo Paralelo 29 mostra que, a menos de um ano e meio para as eleições municipais de 2024, a maioria dos atuais ocupantes das 21 cadeiras da Câmara de Vereadores de Santa Maria pretende concorrer a mais um mandato na Casa.
Pelo menos 13 desses que tentarão a reeleição não descartariam concorrer a prefeito ou vice. Afirmativamente, apenas dois – Paulo Ricardo Pedroso (PSB) e Tony Oliveira (Podemos) – dizem que pretendem concorrer a prefeito, mas, se não der, irão à vereança novamente.
Quatro dos vereadores eleitos em 2022 não estarão mais na Casa na próxima legislatura, sendo que apenas um – Manoel Badke, Maneco (União Brasil) – admite concorrer, mas só para prefeito ou vice.
Anita Costa Beber (PP), Pablo Pacheco (PP) e Ricardo Blattes (PT) afirmam que não irão disputar cargo eletivo em 2024. Blattes já nem está mais na Câmara de Vereadores, pois se licenciou e assumiu um cargo no governo Lula em Brasília. Em seu lugar, assumiu a suplente Helen Cabral (PT).
CONCORRERÃO A MAIS UM MANDATO
- Adelar Vargas, Bolinha (MDB)
- Alexandre Vargas (Republicanos)
- Admar Pozzobom (PSDB)
- Danclar Rossato (PSB)
- Getúlio Jorge de Vargas, Delegado Getúlio (Republicanos)
- Givago Ribeiro (PSDB)
- João Ricardo Vargas, Coronel Vargas (PP)
- Juliano Soares, Juba (PSDB)
- Luci Duartes, Tia da Moto (PDT)
- Helen Cabral (PT)
- Marina Callegaro (PT)
- Paulo Ricardo Pedroso (PSB)
- Roberta Leitão (PP)
- Rudys Rodrigues (MDB)
- Tony Oliveira (Podemos)
- Tubias Calil (MDB)
- Valdir Oliveira (PT)
- Werner Rempel (PCdoB)
NÃO CONCORREM MAIS A VEREADOR
- Manoel Badke, Maneco (União Brasil)
- Anita Costa Beber (PP)
- Pablo Pacheco (PP)
- Ricardo Blattes (PT) – Atualmente, o vereador está licenciado para ocupar cargo no governo federal e em sua vaga está a suplente Helen Cabral
NÃO DESCARTAM CONCORRER A PREFEITO OU VICE
- Adelar Vargas, Bolinha (MDB)
- Admar Pozzobom (PSDB)
- Alexandre Vargas (Republicanos)
- Getúlio Jorge de Vargas, Delegado Getúlio (Republicanos)
- Givago Ribeiro (PSDB)
- Juliano Soares, Juba (PSDB)
- Luci Duartes, Tia da Moto (PDT)
- Helen Cabral
- Manoel Badke, Maneco (União Brasil)
- Paulo Ricardo Pedroso (PSB)
- Roberta Leitão (PP)
- Tony Oliveira (Podemos)
- Tubias Calil (MDB)
NÃO PRETENDEM CONCORRER A CARGO ELETIVO EM 2024
- Anita Costa Beber (PP)
- Ricardo Blattes (PT)
- Pablo Pacheco (PP)
Tenteada livre ou valorização do passe?
A maioria dos que responderam que não descartam concorrer ao Executivo sabe que a única chance que têm é concorrer à reeleição. No entanto, este é o momento da chamada valorização do passe interno.
Ou seja, o político se lança a prefeito ou a vice para ganhar mais espaço na sigla e ter seu nome na vitrine, mas, na hora H, acaba mesmo concorrendo à vereança.
Essa seria a situação de Paulo Ricardo Pedroso, que teria, hoje, dificuldades de passar em uma convenção do PSB para cargo majoritário. Até mesmo porque o PSB devem repetir aqui a aliança nacional com o PT.
Já Tony Oliveira é a principal liderança do Podemos na região e só depende de o partido e dele mesmo para se lançar ao Executivo. No entanto, não é tão simples assim viabilizar uma candidatura majoritária, pelo menos na cabeça de chapa, o que exigem recursos financeiros. Portanto, mesmo que tenha a intenção, também aproveita para ganhar vitrine.
Mas a tenteada é livre para os dois pretendentes. Vai que cola.
Herdeiro político
Maneco Badke já havia dito há tempos, ainda em 2020, que aquela seria sua última eleição para vereador. Com seis mandatos legislativos na carreira política, o médico-veterinário e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) vai passar a bola para o filho, Guilherme Rossato Badke, secretário adjunto de Licenciamento e Desburocratização, também filiado ao União Brasil.
Nomes para vice?
Já Maneco estará livre para tentar um cargo majoritário, como prefeito ou vice. Corre nos bastidores que ele seria um nome forte para vice. No entanto, fica uma dúvida: e se Rodrigo Decimo, atual vice, for mesmo candidato a prefeito? Aí a situação se complica, pois Decimo também é do União Brasil.
Nesse caso, para Maneco ser vice, teria que haver a migração de um deles para outra sigla. Especula-se a possibilidade de Rodrigo Decimo ir para o PSDB ou de Maneco ir para o PL. Nesse cenário, crescem as chances de Maneco emplacar uma chapa domo vice. É o mais provável.
Admar Pozzobom e Alexandre Vargas também estariam nessa fila para vice de Rodrigo Decimo. No caso do tucano Admar, ele só poderá concorrer se o irmão, Jorge Pozzobom, renunciar ao cargo de prefeito seis meses antes do pleito.
TRANSVERSAIS
Pimenta, Bibo e o Mais Médicos: guerra de vídeos
O ministro Paulo Pimenta (PT) se especializou em travar embates com adversários do governo. Nessa quarta-feira (24), em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro santa-mariense e o deputado federal bolsonarista Bibo Nunes (PL) tiveram um desses embates por conta do programa Mais Médicos.
Nas redes sociais, circulam vídeos com recortes da audiência na Comissão de Comunicação com as manifestações do ministro e do deputado.
“Precisa melhorar muito para ser ruim”
Bibo critica a previsão de contratação de médicos brasileiros formados no Exterior sem o Revalida (exame de revalidação do diploma), o que ocorreria em uma segunda leva do programa.
Isso, segundo Bibo, seria uma “medicina de guerra, como ocorre na Ucrânia”. Ou seja, diante da urgência desses profissionais, aceita-se quem se dispuser.
“O Mais Médicos precisa melhorar muito para ser ruim”, ironizou o deputado, que já era um crítico do programa federal. Assista aqui.
“Vamos fazer ele ser melhor do que era”
Em resposta, Pimenta afirma que, primeiramente, “todas as vagas serão destinadas a médicos brasileiros com registro no Conselho Federal de Medicina”. Se não forem preenchidas, virá um segundo edital, aí sim, com novas regras.
“É programa de profundo alcance social, e nós, inclusive, vamos fazer ele ser melhor do que era, criando um bônus de permanência. O mais importante é a gente conseguir com que as comunidades tenham médico, que as populações carentes tenham médico. Até o final do ano teremos 28 mil médicos atendendo a todas as cidades do Brasil”, concluiu o ministro. Assista aqui.
Bibo é conhecido por suas posturas de extrema direita e até mesmo negacionistas. Agora, é preciso entender que nem toda a crítica ao governo deve ser vista como algo negativo.
As ponderações devem ser colocadas na balança para que o programa cumpra sua importante função social, que é, afinal, levar a medicina até os mais pobres.
