Paralelo 29

Narrativa de defesa do ditador Maduro é uma vergonha nacional

Foto\; Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

ROBSON ZINN – ADVOGADO COM ESPECIALIZAÇÃO E MESTRADO EM POLÍTICAS PÚBLICAS

A narrativa de perseguição ao governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, não se sustenta. Lá se consolidou uma ditadura que se utiliza do poder do Estado para perseguir opositores políticos e a mídia, e gerar miséria a seu povo. Trata-se de um governo autoritário que tem violado os direitos humanos.

Também Maduro restringe a liberdade de imprensa e expressão, detém e persegue adversários políticos e usa forças de segurança para suprimir protestos.

Se destaca a crise econômica e humanitária enfrentada pelo país, com altos níveis de inflação, escassez de alimentos e medicamentos, e uma grande quantidade de pessoas buscando refúgio em outros países.

Dos países na America do Sul, a Venezula apresenta uma constante crise política e econômica, caracterizada por uma hiperinflação galopante, escassez de alimentos básicos, medicamentos e outros produtos essenciais, além de um alto índice de desemprego.

Existem sanções internacionais impostas por vários países, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia. Essas sanções visam pressionar o governo de Maduro a implementar reformas democráticas, mas também têm impactado a economia do país e dificultado ainda mais a situação da população, o que agrava a emigração em massa, é um fluxo significativo de venezuelanos que deixam o país em busca de melhores condições de vida.

Estima-se que milhões de venezuelanos tenham emigrado nos últimos anos, colocando pressão nos países vizinhos que recebem esses fluxos migratórios, além de uma escassez de serviços básicos: a Venezuela também enfrenta problemas na prestação de serviços básicos, como eletricidade, água potável e saúde. Apagões frequentes têm afetado a infraestrutura elétrica do país, e a falta de investimento e manutenção adequados resultaram em escassez de água e problemas nos sistemas de saúde.

Por fim, além de tudo isto, a dívida da Venezuela junto ao governo do Brasil gira em torno de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões), segundo informações divulgadas durante a visita de Maduro pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), esta semana.

Tais débitos foram durante os governos petistas, tanto nos dois primeiros mandatos de Lula quanto nos de Dilma Rousseff, houve desembolsos bilionários no banco, em particular para o financiamento à exportação dos bens e serviços de engenharia brasileiros.

No caso da Venezuela, foi concedido o referido valor a vários projetos de infraestrutura realizados por empresas do Brasil que até a presente data não foi pago e ainda teve que ser adimplida a responsabilidade pela povo brasileiro. Por tudo isso, Presidente Lula, seu compromisso primeiro é com o contribuinte nacional.

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