ALESSANDRA CAVALHEIRO – JORNALISTA
É uma alegria realizar esta comunicação com os leitores de Paralelo 29 e da minha querida terra natal. Em tempos de muitos desafios, a proposta é trazer informações e reflexões sobre sustentabilidade, com base no conceito de biofilia e da necessidade que temos de ampliar a consciência sobre nossos impactos no mundo.
Sim, você já parou para pensar que, quando acorda, já começa a gastar água, consumir alimentos, queimar combustíveis fósseis, matar insetos e pisar em pequenos animais, produzir resíduos sólidos e líquidos, enfim, nem sentimos o quanto impactamos, e fazemos tudo isso em menos de uma hora. E no decorrer do dia, e da vida, qual é a nossa conta com o meio ambiente?
Você consegue imaginar, por exemplo, para onde vai toda a roupa usada no planeta? Ou todos os objetos de plástico que compramos no decorrer da vida?
Para onde vão as coisas que não se decompõem? Tive a honra de conhecer o ambientalista francês Pierre Passot, que viveu muitas experiências no mar com o saudoso Jacques Cousteau. Ele me respondeu de forma muito simples: “Tudo o que está na terra, um dia vai para o mar”.
A artista santa-mariense Nara Guichon, que vive em Florianópolis, tem dedicado sua vida a transformar redes de pesca usadas em muitos objetos úteis e duradouros. Ela faz alertas incríveis sobre a poluição dos mares por meio de sua obra, como um ‘grito’ de socorro à natureza.
Atualmente, Nara expõe na Bienal Internacional de Arte na Universidade de Tsinghua em Qingdao, na China, com a obra “Dormência”, feita de redes de pesca.
Nara, a amiga dos oceanos, diz: “A obra faz referência ao estado letárgico e entorpecido de grande parte da humanidade que, por ignorância ou comodismo, continua consumindo como se os recursos naturais fossem infinitos, ignorando a crise climática e demais danos irreversíveis que estamos impondo à vida no planeta”.
Se, de um lado, temos enormes preocupações com a vida no planeta, de outro, vêm notícias que trazem luz a este tema. Senti muito orgulho da nossa UFSM quando soube que no começo de junho a revista britânica Times Higher Education (THE) divulgou o THE Impact Ranking.
É uma publicação que avalia as instituições no que se refere ao cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a publicação, na América Latina, a UFSM aparece em primeiro lugar no combate à fome e desenvolvimento da agricultura sustentável. No Brasil, figura na 1ª posição na promoção de pesquisas e ações voltadas para a erradicação da pobreza e na implementação e difusão dos Objetivos.
A UFSM está de parabéns, já que o Times Higher Education é um dos mais conceituados levantamentos internacionais do Ensino Superior. Veja tudo aqui.
