Paralelo 29

Número de mortes pelo ciclone extratropical sobe para 11 no RS; bebê é uma das vítimas

Foto: Divulgação, PMPA

Mais de 2.330 pessoas estão desabrigadas e 15 continuam desaparecidas

Onze pessoas morreram e 15 permanecem desaparecidas no Rio Grande do Sul após temporais provocados pelo ciclone extratropical que atinge o Estado desde quinta-feira (15).

Mais de 2.330 pessoas estão desabrigadas. As informações foram divulgadas pelo o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em entrevista coletiva neste sábado (17).

Segundo Leite, entre as vítimas fatais está um bebê de quatro meses, que estava em uma área alagada e não conseguiu ser retirado a tempo para tratar de problema de saúde anterior às chuvas.  

Onde ocorreram as mortes

De acordo com a Defesa Civil, três mortes foram registradas em Maquiné, no Litoral Norte, duas em São Leopoldo (Região Metropolitana), uma em Esteio (Região Metropolitana), uma em Novo Hamburgo (Região Metropolitana), uma em Gravataí (Região Metropolitana), uma em Caraá (Litoral Norte), uma em Bom Princípio (Vale do Caí) e uma em São Sebastião do Caí (Vale do Caí). Já outras 13 pessoas estão desaparecidas em Caraá e duas em Três Forquilhas, ambas no Litoral Norte.

A Defesa Civil do estado emitiu alerta para a chuva intensa e ventos fortes nas regiões da Serra, Litoral Norte e Metropolitana de Porto Alegre neste fim de semana.

Leite ressaltou a importância de moradores do estado em fazer o cadastro para receberem os alertas por SMS. Basta enviar mensagem de texto para 40199, com o CEP do morador.  

De acordo com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, as cidades afetadas atuam em conjunto com governo local e federal para agilizar a elaboração de planos de trabalho. O documento é um pré-requisito para liberação de recursos federais.

Cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada.  

“Nós costumamos, quando trabalhamos conjuntamente com estados, município e União, reconhecer e aprovar sumariamente [os planos de trabalho] porque evita diligências. Fez um plano de reconstrução de uma ponte e quando entra no sistema, a gente aprova em até 48 horas já está disponibilizando o recurso para o município tocar as atividades”, afirmou Góes. As ações envolvem socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada. 

Sobrevoo nas áreas atingidas

Leite e Góes sobrevoaram áreas atingidas pelo ciclone/Foto: Maurício Tonetto, Secom, RS

No início da tarde, os ministros Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, sobrevoaram neste sábado (17) cidades do Rio Grande do Sul.  Leite acompanhou a vistoria da comitiva federal.

“Visitamos o município de Caraá, onde muitas famílias foram atingidas pelo ciclone e chuvas dos últimos dias. Presidente Lula nos deu a missão de apoiarmos as regiões afetadas com os recursos necessários para amparar quem perdeu bens e abrigo nesse momento difícil. Estamos juntos!”, publicou Pimenta em sua conta no Twitter

Santa Catarina

A comitiva ministerial também visitou áreas atingidas pelo ciclone em Santa Catarina. O estado foi atingido com menor intensidade, mas registrou rajadas de vento entre 50 e 70 km/h.

Segundo a Defesa Civil do estado,  21 cidades registraram ocorrências, sem danos consideráveis. Somente o município de Praia Grande decretou situação de emergência.

(Com informações de Heloísa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil – Brasília)

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