Paralelo 29

UFSM recebe iniciativa “Nem Tão Doce Lar” para promover debate sobre violência doméstica e familiar

Divulgação

Exposição e oficina integram projeto itinerante

Nesta sexta-feira (30), chega a Santa Maria a exposição “Nem Tão Doce Lar”, que tem como objetivo sensibilizar a sociedade para o tema da superação da violência doméstica e familiar.

Trata-se de uma mostra itinerante e interativa que possibilita a popularização da discussão e do enfrentamento da violência ao levar para o espaço público uma típica casa familiar, com informações e imagens que denunciam a violência sofrida por mulheres, crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência. 

Esta é a segunda vez que o município recebe a Nem Tão Doce Lar. A iniciativa é da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) e em Santa Maria será realizada em parceria com o ELAS Grupo Feminista e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

A exposição será montada no saguão da Antiga Reitoria da UFSM (Rua Floriano Peixoto, 1184) e aberta para visitação pública das 09h às 12h e das 13h às 17h.

Durante a visita, é possível circular por diferentes cômodos da casa, identificar pistas deixadas nos cenários e expor as impressões em uma roda de conversa conduzida pelas acolhedoras e acolhedores que participaram da formação.

Há também pequenos cartazes relacionados aos elementos apresentados, nos quais constam informações a respeito dos diversos tipos de violência que podem acontecer no ambiente e convívio doméstico e familiar. Dessa forma, a iniciativa sensibiliza, propõe métodos preventivos e incentiva a denúncia.

Junto à exposição, a iniciativa conta com oficina de formação para acolhedoras e acolhedores, que será realizada no dia 29 de junho, das 08h30 às 17h, no auditório do prédio da Antiga Reitoria da universidade.

Além de Santa Maria, a Nem Tão Doce Lar ainda irá percorrer, neste ano, os municípios gaúchos de Pelotas, Porto Alegre e São Leopoldo, e os estados do Espírito Santo, Pernambuco e Rondônia. 

Em 2023, a iniciativa já esteve em Santo Ângelo e Alegrete (RS), onde mais de 500 estudantes e público geral visitaram a exposição e cerca de 60 profissionais da rede local de apoio e acolhimento de vítimas da violência doméstica e acadêmicas e acadêmicos participaram da oficina de formação para acolhedoras e acolhedores, além das cidades de Cachoeira e Salvador (BA).

Sobre a Nem Tão Doce Lar

A Nem Tão Doce Lar envolve uma metodologia de intervenção coletiva para a superação da violência doméstica e familiar, que possibilita a reflexão e promove a popularização da discussão desse tema, tantas vezes invisibilizado e naturalizado.

Também fomenta o debate e a elaboração de estratégias de enfrentamento e de superação da violência a partir da criação e fortalecimento de redes de apoio entre organizações da sociedade civil, instituições governamentais, universidades, escolas e comunidades religiosas.  O nome faz alusão à citação “Lar doce Lar”, muito comum em casas brasileiras. 

A mostra nasceu a partir de uma exposição internacional chamada Rua das Rosas, criada pela antropóloga alemã Una Hombrecher, com o apoio da agência Pão para o Mundo (PPM). A proposta inicial, que tinha ainda uma linguagem europeia, foi apresentada em Porto Alegre, de 14 a 23 de fevereiro de 2006, durante a 9ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).

Essa primeira exposição esteve sob a coordenação da FLD, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e um consórcio de organizações da sociedade civil que atuam denunciando e construindo possibilidades de superação da violência. Posteriormente, a partir de um amplo processo de construção coletiva, a exposição recebeu um enfoque brasileiro.

(Com informações e fotos da Assessoria de Comunicação da FLD-Comin

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