FABRÍCIO VARGAS – JORNALISTA E GERENTE DE PROJETOS DA SECOM
É evidente que ao longo de longas batalhas se avançou muito nas políticas públicas para a comunidade LGBTQIAPN+, mas ainda há muito o que mudar. O dia 28 de junho marca o Dia Internacional do Orgulho, uma data que celebra o amor, o respeito, a dignidade e a resistência dessa população. Entretanto, não há como aceitar que em pleno século XXI ainda estejamos lutando pela existência e pelo respeito.
O dia do orgulho nasce da luta. Tem sua origem nas rebeliões de Stonewaal, em 1969, com o intuito de reafirmar esse sentimento de pertencimento e de igualdade.
Embora hajam muitas legislações que protegem a comunidade LGBTQIAPN+ do preconceito e da violência, ainda há também muito ódio espalhado pela sociedade. O Brasil é um dos países mais violentos nesse sentido.
É por isso, que ainda é necessário debater sobre o tema, criar políticas públicas e mecanismos de proteção que possam ser eficazes no combate a qualquer tipo de preconceito.
Nos últimos anos houve um atraso deliberado nessas políticas, o que contribuiu muito para o aumento dos casos de LGBTfobia no país. Mais do que amar, o público LGBTQIAPN+ quer o direito de existir e exige, minimamente, respeito.
No entanto, combater o preconceito carece do empenho de todos para que nenhuma vida seja perdida, para que nenhum jovem fique sem família ou para que nenhuma pessoa seja violentada por sua orientação sexual ou gênero.
Nesta semana, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania anunciou um pacote de medidas para a população LGBTQIAPN+: 10 Compromissos para Proteção de Direitos das Pessoas LGBTQIA+ em Aplicativos de Mobilidade; Selo Postal “Orgulho LGBTQIA+” Agora 3T – Tecnologia para pessoas Trans e Travestis – somadas a isso, há também o compromisso do governo federal de retomar e ampliar políticas públicas que foram destruídas nos últimos anos.
Que prevaleça sempre o respeito e o orgulho. Que toda luta nunca seja em vão. Orgulhe-se!