MARIONALDO DA COSTA FERREIRA – Consultor para cidades inteligentes
No próximo ano, teremos eleição para a Prefeitura de Santa Maria e possivelmente ouviremos várias críticas, promessas muitas vezes utópicas, um cenário de terra arrasada, dentre outras questões.
Contudo, o que é importante para o futuro de nossa cidade é a definição da cidade e do modelo de desenvolvimento a ser buscado, bem como quais projetos e ações são pertinentes e factíveis para o crescimento econômico e melhores condições de vida para a população.
Neste contexto, os candidatos devem ter ciência de que irão contar com um cenário de grande restrição econômica, tanto em nível federal como estadual. Certamente, isso vai exigir criatividade, responsabilidade, tenacidade e definição de uma agenda prioritária.
Não obstante, alguns aspectos merecem destaque, tais como melhorias nas ruas e praças, maior sinergia com as universidades e faculdades da cidade, visando otimizar este rico e importante capital humano; ações concretas visando melhorar urgentemente os serviços de saúde, que não estão atendendo em sua plenitude, o que corrobora cada vez mais para a lotação do Hospital Universitário, cujos profissionais fazem “verdadeiros milagres” para atender à demanda da população.
Além disso, é fundamental uma política de atração de investimentos para a cidade; uma reforma administrativa, visando à racionalização, à maior eficiência e à eficácia nos serviços e ações da prefeitura; o aperfeiçoamento das ações culturais e educacionais; ações objetivas e criteriosas de órgãos como vigilância sanitária e demais aparatos do governo municipal; ações propositivas visando a uma estratégia para a Metade Sul em conjunto com os Coredes e demais órgãos diretivos;
Mas, sob hipótese alguma, deve haver qualquer tentativa de criação de criação novas taxas ou aumentos de impostos, visto que os indicadores econômicos e sociais mostram que boa parte da população santa-mariense não consegue arcar com suas despesas devido ao aumento da inadimplência e do endividamento das famílias.
Enfim, em vez promessas e ações muitas vezes bonitas, que corroboram para pomposos planos de governos, tais ações podem ser a base de um plano simples, mas estratégico para o desenvolvimento e que atenda às demandas da sociedade.
Não adianta os partidos terem o melhor nome se não souberem fazer e propor um projeto. Tapinha nas costas e saber o nome dos eleitores, pode até parecer simpático, mas não vai resolver os problemas existentes em nossa cidade.
Precisamos aproveitar as eleições para conversar sobre: Que cidade temos e que cidade queremos. Por isso, um Projeto de Desenvolvimento Municipal é primordial e necessário.