Esquema envolveria falsificação de documentos para apropriação de lotes públicos
Um empresário de 73 anos apontado como pivô de um escândalo de grilagens de terra em Goiás foi preso nesta quarta-feira (16), em Santa Maria. A prisão de D´Artagnan Costamilan, que estava foragido há 37 dias, foi feita pela Polícia Civil de Porto Alegre.
Conforme o Ministério Público de Goiás (MPGO), Costamilan é suspeito de se apropriar de imóveis por meio de transferências com documentos falsificados. Ele teria agido em complô com um advogado, que também é suspeito. Os dois teriam utilizado a assinatura de uma pessoa que já morreu.
No mês passado, a Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em escritórios, empresas e na residência de Costamilan. A Justiça de Goiás também expediu um mandado de prisão contra o empresário, que não foi localizado e foi considerado foragido.
Segundo o site Metrópoles, Costamilan faria parte de um esquema chamado de Escritório do Crime, investigado pelo MP. O órgão analisou escrituras, interceptações telefônicas e outras provas antes de pedir à Justiça a expedição de mandados contra 13 pessoas e empresas.
O esquema de grilagem envolveria apropriação de lotes públicos e privados no município de Formosa.
A base das grilagens seria no município de Formosa, localizado a 80 quilômetros de Brasília e a 282 quilômetros da capital, Goiânia. O escândalo envolve políticos, uso do poder público, fraudes documentais e até ameaças de morte. Três ex-vereadores também foram investigados.
A defesa de Costamilan disse ao Metrópoles que a prisão é ilegal e que, por isso, o empresário não se entregou à Justiça. Os advogados do suspeito tentaram vários habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas os pedidos de revogação da prisão foram negados.
Já conforme o site FormosaVip, o Ministério Público estiva que, caso sejam condenados, os acusados poderão pegar penas de mais de 20 anos de prisão.
(Com informações do sites Metrópoles e FormosaVip)