Paralelo 29

Governo federal reconhece estado de calamidade em 79 cidades, entre elas Santa Maria e Jaguari

Resgate de vítimas no RS/Foto: Marinha do Brasil, Divulgação

Mais de 50 mil pessoas foram afetadas por ciclone no Rio Grande do Sul

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu nesta quinta-feira (7) estado de calamidade pública de 79 cidades do Rio Grande do Sul. Entre elas, além das mais afetadas, estão incluídas no decreto federal Santa Maria, Jaguari, Cruz Alta e Cachoeira do Sul

De acordo com a pasta, a medida visa agilizar o atendimento da Defesa Civil Nacional e dos órgãos competentes à população gaúcha afetada pela passagem de um ciclone extratropical nesta semana.

Conforme a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 79 municípios foram atingidos, com mais de 1,6 mil pessoas desabrigadas, três mil desalojadas e mais de 52 mil afetadas de alguma forma. O número de mortos já chega a 39, conforme atualização no final da manhã desta quinta-feira.

Com o estado de calamidade, os municípios poderão solicitar recursos para o atendimento de primeira hora à população afetada. Eles também poderão apresentar planos de trabalho para reconstrução das áreas atingidas. Os recursos servem para socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada, como estradas.

MUNICÍPIOS EM CALAMIDADE

As cidades que tiveram o estado de calamidade reconhecido são:

  • Água Santa
  • André da Rocha;
  • Arroio do Meio
  • Bento Gonçalves
  • Boa Vista das Missões
  • Boa Vista do Buricá
  • Bom Jesus
  • Bom Retiro do Sul
  • Cachoeira do Sul
  • Cachoeirinha
  • Camargo
  • Campestre da Serra
  • Candelária
  • Carlos Barbosa
  • Casca
  • Caxias do Sul
  • Chapada
  • Charqueadas
  • Ciríaco
  • Colinas
  • Coqueiros do Sul
  • Cotiporã
  • Coxilha
  • Cruz Alta
  • Cruzeiro do Sul
  • David Canabarro
  • Encantado
  • Erechim
  • Espumoso
  • Estação
  • Estrela
  • Eugênio de Castro
  • Farroupilha
  • Getúlio Vargas
  • Ibiraiaras
  • Imigrantes
  • Ipê
  • Itapuca
  • Jacuizinho
  • Jaguari
  • Lagoão
  • Lajeado
  • Lajeado do Bugre
  • Mato Castelhano
  • Marau
  • Montauri
  • Montenegro
  • Muçum
  • Muliterno
  • Nova Araçá
  • Nova Bassano
  • Nova Roma do Sul
  • Novo Hamburgo
  • Palmeiras das Missões
  • Panambi; Paraí
  • Passo Fundo
  • Protásio Alves
  • Roca Sales
  • Sagrada Família
  • Santa Maria
  • Santa Tereza
  • Santo Ângelo
  • Santo Antônio do Palma
  • Santo Cristo
  • Santo Expedito do Sul
  • São Domingos do Sul
  • São Jerônimo
  • São Jorge
  • São Nicolau
  • São Sebastião do Caí
  • Sapiranga
  • Sarandi
  • Sede Nova
  • Serafina Corrêa
  • Sertão
  • Taquari
  • Vacaria
  •  Vanini

Mais de 200 milímetros de chuva em Santa Maria

Prefeitura de Santa Maria teve que desentupir galerias/Foto: João Vilnei, SEC, PMSM

Embora não esteja entre os municípios mais atingidos pelas chuvas no início da semana, Santa Maria registrou estragos, principalmente alagamentos e “muitos danos em galerias” por onde escoa a água.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), divulgado na manhã desta terça (5) pela Defesa Civil do Município, o índice pluviométrico registrado nas últimas 96 horas em Santa Maria foi 209 milímetros. A média para o mês de setembro é 188 milímetros de chuvas, índice já ultrapassado em 48 horas.

Como ocorrerá a liberação de valores

O ministério informou que a solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) Com base nas informações enviadas, a Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.

De acordo com a pasta, equipes da Defesa Civil Nacional estão no Rio Grande do Sul desde segunda-feira (4), dando apoio às prefeituras das cidades atingidas na elaboração dos pedidos de reconhecimento de situação de emergência e de repasse de recursos para assistência humanitária e restabelecimento dos serviços essenciais.

(Com informações de Luciano Nascimento – repórter da Agência Brasil – São Luís)

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