Empresas alegam defícit e pedem que a tarifa passe a R$ 6,15 para evitar que o sistema entre em colapso em Santa Maria
Empresas de transporte coletivo pediram reajuste da tarifa de ônibus urbano em Santa Maria, alegando um déficit de R$ 7,5 milhões até 31 de agosto, conforme ofício obtido pelo Paralelo 29 com o Consórcio Sim. Estudantes ligados ao DCE da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) pretendem realizar um ato contra o aumento às 10h desta segunda-feira (18), em frente à Prefeitura.
Conforme o documento protocolado no Gabinete do Prefeito na última quarta-feira (13), as empresas reivindicam uma tarifa de R$ 6,15 para cobrir o déficit, sob pena de “colapso” do sistema de transporte coletivo no município.
A Prefeitura de Santa Maria marcou uma reunião para esta segunda-feira para analisar o pedido dos empresários. Segundo o DCE, a Prefeitura tem a responsabilidade de evitar o reajuste.
“Quem prometeu subsídio que pague”, diz DCE
“Quem prometeu subsídio que pague. Não é justo fazer o povo pagar a conta de um transporte que já é caro e de baixíssima qualidade”, diz o DCE em convocação para o ato em suas redes sociais.
Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Santa Maria anunciou uma redução da tarifa do transporte coletivo de R$ 4,50 para R$ 4 no cartão do Sistema Integrado Municipal (SIM).
A Prefeitura disse, na época, que a mudança no valor da passagem era possível “porque o Município recebeu do governo federal um subsídio de R$ 6,2 milhões para cobrir as gratuidades dos idosos no transporte de passageiros de Santa Maria”. No mesmo decreto, a Prefeitura decidiu que os passageiros que optassem pelo pagamento em dinheiro pagariam R$ 5.
Já a Associação dos Transportadores Urbanos de Santa Maria (ATU) alega que o Conselho Municipal de Transportes (CMT) aprovou uma tarifa técnica de R$ 6,51. Como a diferença não estaria sendo repassada, as empresas alegam um déficit milionário ampliado com o aumento de salários dos funcionários.
