Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRS realizou a Operação PEBS dentro de unidade prisional na Fronteira Oeste
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) prendeu um policial penal dentro do Presídio de São Borja e apreendeu oito celulares e R$ 9 mil encontrados na mochila do servidor. O nome do agente não foi divulgado.
Deflagrada nessa sexta-feira (17), a Operação PEBS foi realizada em conjunto com a Promotoria de Justiça de São Borja e com a Corregedoria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
A investigação do GAECO apurou que o servidor público facilitava a entrada ilegal de objetos na casa prisional para integrantes de uma facção criminosa que atua no local.
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Segundo o MPRS, os integrantes da facção recebiam telefones, drogas, dinheiro, entre outros, por meio “de acerto financeiro entre eles”. Agentes públicos cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça de São Borja e realizaram a prisão do servidor investigado.
O coordenador Estadual do GAECO, promotor de Justiça André Dal Molin, ressaltou que “o grupo e a Susepe têm atuado em parceria para desarticular e prender servidores policiais penais com desvio de conduta, sendo que as ações possuem caráter repressivo e preventivo, afastando servidores corruptos e minimizando a entrada ilegal de aparelhos telefônicos e drogas em estabelecimentos prisionais”.
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Servidor poderia ter levado armas, diz promotor
Para o promotor João Beltrame, do GAECO/Central, “os fatos são extremamente graves”, pois a entrada de drogas e celulares no sistema penitenciário, além de configurar crimes, ainda fomenta uma série de outros delitos praticados de dentro dos presídios e que acabam atingindo toda a comunidade.
“Se o policial ingressou com celulares e drogas, o que o impede de ingressar com armas e entregá-las aos detentos? Tal situação poderia colocar a vida de todos os que trabalham ou estão cumprindo pena no local em risco”, destacou Beltrame.
A investigação foi realizada pelo promotor de Justiça Laerte Kramer Pacheco. Ele informa que o MPRS, de posse de todas as provas recolhidas no presídio de São Borja, irá fazer uma análise de todo material e informações para oferecer, posteriormente, uma ação penal contra o agente e seus comparsas.
(Com informações do MPRS)