CUCA VICEDO – PUBLICITÁRIA E COMENTARISTA DE CINEMA
A vida real mudou, e muito, com a ascensão das redes sociais. Piorou! Hoje se constrói ou destrói facilmente a imagem de qualquer um. O jornalismo verdadeiro, para quem um dia pode conhecer, se transformou em fofocas diárias e “fake news” que rolam de maneira fácil e tiram a credibilidade de assuntos sérios. E, como se diz, imagem e tudo!
Celebridades ou pessoas em geral importantes, necessárias ou desnecessárias, têm muito mais do que seus minutinhos de fama revistos diariamente.
Neste cenário, duas séries sobre príncipes e princesas, rainhas, reis e líderes mundiais vêm nos mostrar que eles não passam de pessoas fúteis que se dedicam mais aos seus fracassos pessoais do que às suas relações e obrigações com o contribuinte e pessoas em geral.
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Um desses documentários, HARRY & MEGAN (2022), da Netflix, traz um relato da vida do Príncipe Harry e sua esposa Megan (ex-atriz de seriadinhos da TV) que tentam alertar como notícias e comentários raivosos destroem facilmente suas imagens.
E e nos mostra, mesmo com todas as dificuldades que o casal aponta em cada episódio, eles vivendo em um mundo de privilégios e regalias. Enfim, um fato é verídico: grandes golpes publicitários mexem mais com a opinião publica do que o fato real, do que a notícia verdadeira!.
Dentro desta ideia fajuta, a temporada final de THE CROWN (2016 – 2023), que narrou a vida da Rainha Elizabeth, chega ao streaming Netflix provando que sempre foi uma história cheia de mentiras e uma versão à revelia da realidade.
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Ao relatar a vida de Daiana após o divórcio mostrando um Príncipe Charles que demonstra ser um ser desprezível até hoje, é ridículo ver a mão de sua assessoria de imprensa tentando reverter a história a seu favor, escolhendo um galã pra interpretar o Príncipe sem graça e sua amante Camila, uma real história de amor! um fiasco. E pra quem acompanhou os acontecimentos, mentiras!
As cenas em que a já morta Daiana volta conversando e perdoando ele e a Rainha são patéticas. Realmente, a realeza nestas duas últimas temporadas caiu por terra e a homenagem ao reinado de Elizabeth afundou com personagens que são fantoches e sem vida, atores que não se empenharam e nem parecidos eram com os reais.
Processos e ameaças reais devem ter pesado no roteiro final. Poderiam deixar sem essa fase, tanto que dividiram em duas partes. E na outra, que vai ser lançada em dezembro, trará as atrizes que realmente personificaram uma Rainha que atravessou o século e foi mais forte que vários líderes mundiais. “Quando a lenda é maior que o fato…imprimam a lenda!”